Busca avançada
Ano de início
Entree

AVALIAÇÃO DA DINÂMICA DA INFECÇÃO POR Babesia goianiaensis EM CAPIVARAS (Hydrochoerus hydrochaeris) E CARRAPATOS ASSOCIADOS (Amblyomma sculptum e Amblyomma dubitatum)

Processo: 25/02531-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2025
Data de Término da vigência: 29 de fevereiro de 2028
Área de conhecimento:Ciências Agrárias - Medicina Veterinária - Medicina Veterinária Preventiva
Pesquisador responsável:Marcelo Bahia Labruna
Beneficiário:Warley Vieira de Freitas Paula
Instituição Sede: Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Babesia   Carrapatos   Doenças transmitidas por carrapatos   Piroplasmida   Doenças parasitárias
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Babesia | carrapato | doenças transmitidas por carrapatos | Piroplasmida | Doenças Parasitárias

Resumo

A babesiose é uma hemoparasitose emergente, causada por protozoários intraeritrocitários do gênero Babesia, que apresenta distribuição mundial com grande importância para a saúde única. Análises filogenéticas, baseadas em marcadores moleculares, apoiaram a descrição de uma nova espécie de piroplasmídeo, Babesia goianiaensis nov. sp., em capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris) e carrapatos do gênero Amblyomma (Amblyomma sculptum e Amblyomma dubitatum). B. goianiaensis representa um novo clado de Piroplasmida ainda a ser caracterizado em relação a características biológicas, vetores, especificidade parasitária e patogenicidade. Diante disso, o presente estudo tem como objetivo avaliar a dinâmica da infecção por B. goianiaensis e patogenicidade em capivaras (H. hydrochaeris) e carrapatos associados (A. sculptum e A. dubitatum). Para a formação de colônias de carrapatos infectados e não infectados com B. goianiaensis, fêmeas ingurgitadas dos carrapatos A. sculptum e A. dubitatum serão colhidas de capivaras naturalmente infestadas em uma região com detecção de B. goianiaensis. Para esse experimento serão utilizadas 16 capivaras, inicialmente 4 capivaras serão infestadas com larvas: C1 e C3 infestadas com A. sculptum e A. dubitatum infectadas com B. goianiaensis, respectivamente, e C2 e C4 infestadas com A. sculptum e A. dubitatum não infectadas com B. goianiaensis, respectivamente. Ninfas obtidas da primeira infestação serão utilizadas para infestar 4 capivaras: C5 e C7 infestadas com A. sculptum e A. dubitatum infectadas com B. goianiaensis, respectivamente, e C6 e C8 infestadas com A. sculptum e A. dubitatum não infectadas com B. goianiaensis, respectivamente. Carrapatos adultos obtidos da segunda infestação serão utilizados para infestar 4 capivaras: C9 e C11 infestadas com A. sculptum e A. dubitatum infectados com B. goianiaensis, respectivamente, e C10 e C12 infestadas com A. sculptum e A. dubitatum não infectados com B. goianiaensis, respectivamente. Larvas F2 obtidas da infestação com adultos serão utilizadas para infestar 4 capivaras semelhante a primeira infestação. Amostras de ovos, larvas, ninfas, carrapatos adultos e amostras de sangue das capivaras terão seu DNA extraído e processadas por uma PCR visando um fragmento de 551 pb do gene 18S rRNA de Babesia spp., visando avaliar a capacidade vetorial, transmissão transovariana, perpetuação transestadial e efeitos deletérios nos carrapatos, além do potencial patogênico da infecção com B. goianiaensis para as capivaras por meio da avaliação clínica e hematológica dos animais. Amostras negativas na PCR para Babesia, serão submetidas a uma segunda PCR visando a detecção do gene mitocondrial 16S rDNA de carrapatos e gene cytB de vertebrados (controle endógeno), buscando avaliar a qualidade da extração de DNA. B. goianiaensis nov. sp. representa um novo clado de Piroplasmida que não inclui nenhuma das espécies conhecidas de Babesia para as quais há dados genéticos disponíveis. Assim, o conhecimento acerca do ciclo biológico e patogenicidade de B. goianiaensis, seus possíveis vetores artrópodes e reservatório e/ou hospedeiros é de grande importância tanto para a medicina veterinária quanto para saúde pública, visto que B. goianiaensis foi detectada em um ambiente de convívio muito próximo entre capivaras, carrapatos, bovinos, humanos e outros animais.

Matéria(s) publicada(s) na Agência FAPESP sobre a bolsa:
Mais itensMenos itens
Matéria(s) publicada(s) em Outras Mídias ( ):
Mais itensMenos itens
VEICULO: TITULO (DATA)
VEICULO: TITULO (DATA)