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Aprimoramento de um método avançado de citometria de fluxo para quantificação unicelular de hemoglobina fetal (HbF) e HbS em eritrócitos e reticulócitos: validação clínica e predição de crises vaso-oclusivas na Doença Falciforme

Processo: 25/07396-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2025
Data de Término da vigência: 29 de fevereiro de 2028
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
Pesquisador responsável:Rodrigo Alexandre Panepucci
Beneficiário:Maria Luiza Arrojo
Instituição Sede: Hemocentro de Ribeirão Preto. Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP (HCMRP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
Assunto(s):Citometria de fluxo   Doenças falciformes
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Citometria de fluxo | Doença Falciforme | Predição de Crise Vaso-Oclusiva | Quantificação de Hemoglobina Fetal | Quantificação de Hemoglobina S | Quantificação Unicelular | Hematologia- Doença Falciforme

Resumo

A doença falciforme (DF) é causada por uma mutação no gene HBB que resulta na hemoglobina S (HbS), a qual, sob hipóxia, polimeriza, deformando os glóbulos vermelhos, causando crises vaso-oclusivas (VOCs) e complicações graves. A indução de hemoglobina fetal (HbF) pela hidroxiureia (HU) é uma estratégia terapêutica eficaz, pois inibe a polimerização da HbS. No entanto, métodos tradicionais de monitoramento, como HPLC e citometria de fluxo clássica (cFC), não quantificam a HbF ao nível celular. O HPLC mede a porcentagem total de HbF no sangue, enquanto a cFC identifica apenas a % de células HbF+ (F-cells), sem identificar células realmente protegidas. Desenvolvemos um método de citometria de fluxo quantitativa (qFC), capaz de determinar o conteúdo unicelular de HbF (cHbF) e identificar a proporção de hemácias efetivamente protegidas (i.e. cHbF>10pg/célula). Em estudo preliminar (n=43), o método previu a ocorrência de VOCs nos seis meses seguintes à avaliação (com 71% de sensibilidade e 86% de especificidade), para paciente com menos de 42% de hemácias protegidas. Para aprimorar a capacidade preditiva do método, propomos incorporar anticorpos anti-HbS, HbA e CD71, permitindo quantificar hemácias e reticulócitos protegidos, mesmo em pacientes transfundidos. Serão avaliados 200 pacientes com DF ao longo de um ano, com coleta de dados clínicos e laboratoriais, analisando a capacidade preditiva de VOCs por curvas ROC. O método também será avaliado para monitorar o quimerismo eritroide em pacientes submetidos a transplantes de células-tronco hematopoéticas; em experimentos in vitro para avaliar terapias genéticas voltadas à indução de HbF, como o knockdown de BCL11A; e para avaliar a relação entre haplótipos e a distribuição de HbF nas hemácias. O método permitirá não apenas melhorar o manejo clínico, mas também contribuir para a pesquisa básica sobre a regulação da HbF e a fisiopatologia da DF. (AU)

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