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Uma análise da guerra e do racismo de Estado para pensar a governamentalidade em Foucault

Processo: 24/05813-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2025
Data de Término da vigência: 31 de março de 2026
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Filosofia - Ética
Pesquisador responsável:Silvana de Souza Ramos
Beneficiário:Simony Silva Campello
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Biopolítica   Michel Foucault   Governamentalidade   Guerra   Filosofia política
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Biopoder | Biopolítica | Foucault | Governamentalidade | Guerra | Racismo de Estado | Filosofia Política

Resumo

Em 1976, Michel Foucault ministra no Collège de France, o curso: Em defesa da Sociedade,objeto central desta pesquisa e do problema que ela pretende tratar. A escolha deste curso, deve-seao fato de que, nele, Foucault parece estabelecer de maneira concisa a relação entre: o poder, aguerra e a genealogia. Cobrindo os campos epistemológicos, metodológicos e sedimentando suareflexão política do biopoder. Mas na última aula do curso, abruptamente, a temática da guerra passapor uma mudança de aplicação, uma mudança que implicará uma nova forma de análise políticafoucaultiana, compreendendo até os últimos cursos de Foucault no Collège de France, em que os elesão mobilizados para tratar das questões éticas. Este novo conceito, que ainda 1976 se apresentavacomo uma arte do governo, se desenvolverá em uma nova técnica de racionalidade política, agovernamentalidade. E é daí que extraio o problema central desta pesquisa. Tanto dos períodos epassagens, quanto dos conceitos, suas ramificações, soluções e problemas. A hipótese que apresento é: a guerra, além de estar acoplada ao conceito de poder de Foucault, éparte fundamental para o funcionamento do biopoder e para que o racismo de Estado possaconstituir uma relação efetiva de vida e morte. Assim as políticas de governo só se justificam e sãoefetivas, porque há no fundamento da sociedade, uma gestão tática da vida, que opera através deuma guerra contínua. Guerra essa que se dá pelo reconhecimento de si a partir das diferenças, ou emtermos Foucaultianos, através do estabelecimento do normal e do anormal; guerra biológica que temcomo objetivo preservar a sociedade através da relação entre os que devem viver e os que devemmorrer, guerra da promessa, que estabelece uma relação em que a segurança é sempre um vir a ser,para que a guerra possa sempre se preservar.Essa guerra que será destituída por Foucault, para que a arte de governar apareça como uma outraforma de análise política. Há que se confere essa mudança? Lemke e Stival, veem nessa mudançaconceitual um refinamento no pensamento foucaultino. Alliez e Lazzarato, vem como uma forma denegação do nascimento real dos processos de nascimento do biopoder que estariam no projetocolonial, projeto que só pode ser levado a cabo, por uma guerra contínua contra aqueles que foram econtinuam a ser colonizados.Para elucidar tanto o problema como a hipótese é necessário fazer um movimento de recuo eavanço nos cursos, primeiro, compreender o que Foucault entende por guerra civil no curso:Sociedade Punitiva e as concepções de governo que são apresentadas no curso: Segurança, território,PApopulação. Os dois cursos permeiam1o curso: Em defesa da sociedade, conjurando um movimentode pesquisa foucaultiana e sendo essenciais para compreender os movimentos, problemas ehipóteses que levam Foucault a ir do poder a governamentalidade. Para de fato compreender osproblemas e questões que esse movimento implicaria para o funcionamento do biopoder e doracismo de Estado.

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