Estudo da transferência horizontal de genes mediada por pirataria de caudas (ou deixar tail piracy)entre elementos cf-PICI e o fago FG5 de Acinetobacter baumannii

• Processo: 25/16121-9
• Modalidade de apoio: Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Doutorado Direto
• Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2026
• Data de Término da vigência: 31 de janeiro de 2027
• Área de conhecimento: Ciências Biológicas - Microbiologia - Biologia e Fisiologia dos Microorganismos
• Pesquisador responsável: Cristiane Rodrigues Guzzo Carvalho
• Beneficiário: Davi Gabriel Salustiano Merighi
• Supervisor: Jose Penades
• Instituição Sede: Instituto de Ciências Biomédicas (ICB). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Instituição Anfitriã: Imperial College London, Inglaterra
• Vinculado à bolsa: 23/13894-1 - Estudo por criomicroscopia eletrônica da adsorção de um fago ao pilus tipo IV, BP.DD
• Assunto(s): Acinetobacter baumannii Bioquímica estrutural Virologia
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: acinetobacter baumannii | bacteriófago | bioquimica estrutural | Virologia | Bioquímica estrutural

Resumo

Acinetobacter baumannii é um patógeno nosocomial multirresistente intimamente associado a infecções graves, especialmente em pacientes imunocomprometidos ou em estado crítico. A. baumannii BR5 é um isolado clínico hipervirulento e multirresistente originado de São Paulo, Brasil, pertencente à linhagem ST1, amplamente disseminada globalmente. Durante a microscopia eletrônica de transmissão, identificamos um novo profago com cauda longa e não contrátil típica de sifovírus, denominado FG5, produzido constitutivamente pelo isolado BR5. Uma coleta preliminar de dados por criomicroscopia eletrônica (cryo-EM) de fagos FG5 induzidos com mitomicina C revelou uma estrutura de cauda atípica composta por três proteínas diferentes, apresentando mecanismo de montagem inédito. Dada a produção constitutiva do FG5, pretendemos investigar se esse fago poderia ser explorado por capsid-forming phage-inducible chromosomal islands (cf-PICIs) via pirataria de cauda para mediar eventos de transferência horizontal de genes entre espécies. Diferentemente dos satélites clássicos, os cf-PICIs codificam seus próprios capsídeos e roubam as caudas do fago auxiliar após a lise para se montar em partículas infecciosas. Para testar essa hipótese, planejamos usar cf-PICIs editados contendo o gene de resistência à apramicina, misturados a lisados de fagos FG5, para avaliar a compatibilidade das caudas e a mobilização dos cf-PICIs de Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae para A. baumannii. (AU)