Efeito do jejum no desencadeamento de apoptose em linfócitos de ratos

• Processo: 04/11061-1
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de janeiro de 2005
• Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2005
• Área de conhecimento: Ciências Biológicas - Fisiologia
• Pesquisador responsável: Rosemari Otton
• Beneficiário: Juliana Pires
• Instituição Sede: Instituto de Ciências Biomédicas (ICB). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Diabetes mellitus Jejum Ácidos graxos Apoptose Linfócitos Citometria de fluxo Análise morfológica
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Acidos Graxos | Apoptose | Diabetes | Jejum | Linfocitos

Resumo

Nos organismos multicelulares as células morrem por dois processos distintos conhecidos como apoptose e necrose (Williamson & Schlegel, 2002). A apoptose é uma forma de morte celular fisiológica e necessária daí ser conhecida também como morte celular programada descrita no início da década de 70 por Kerr, Wyllie e Currie. Na apoptose a morte da célula é geneticamente programada e apresenta características morfológicas, bioquímicas e moleculares distintas da necrose. Resultados obtidos pelo nosso grupo mostram que pacientes diabéticos apresentam um grande aumento no número de linfócitos em apoptose, fenômeno também observado em animais experimentais com diabetes. Este fato foi evidenciado por aumento de fragmentação de DNA avaliado por citometria de fluxo e fragmentação de DNA em gel de agarose (Otton et al 2004). Estes dados nos levaram a sugerir uma forte ligação entre o comprometimento da resposta imune observada em pacientes diabéticos e o aumento de infecções observados nestes indivíduos. Em muitos aspectos o jejum se assemelha ao diabetes, por exemplo, no aumento dos ácidos graxos no plasma. Tendo em vista que ácidos graxos podem atuar como disparadores do processo apoptótico nos linfócitos, estes sendo cruciais para a função imune, este fato pode justificar o aumento no número de infecções e processos inflamatórios de ambos. Acreditamos que avaliar estes mecanismos seria de grande importância para mostrar novos aspectos da função dos ácidos graxos e da apoptose. (AU)