Manda quem pode, obedece quem tem juízo: poder pastoral nas novas empresas

• Processo: 99/09326-7
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de janeiro de 2000
• Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2000
• Área de conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas - Administração - Administração de Empresas
• Pesquisador responsável: Fernando Claudio Prestes Motta
• Beneficiário: Rafael Alcadipani da Silveira
• Instituição Sede: Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Cultura organizacional Teoria crítica Poder administrativo Corporativismo Globalização Autonomia administrativa
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Controle | Cultura Corporativa | Foucault | Poder Pastoral | Qualidade | Teoria Critica A Administracao

Resumo

A burocracia e o taylorismo, tanto em seus conceitos como em suas ferramentas, vêm sofrendo ataques provenientes dos teóricos da corrente dominante da teoria da administração, nos mais diversos flancos - as organizações mecânicas parecem não mais funcionar em tempos de globalização. Tais teóricos têm sido contumazes em afirmar que o tempo em que vivemos exige novas formas de administração. Aktouf (1996) afirma que nessas duas últimas décadas os movimentos mais significativos na teoria da administração foram as correntes da qualidade total e da cultura corporativa, sendo tais correntes, genericamente, a personificação destas novas formas de gestão empresarial. Entretanto, tais teorias parecem apresentar a salvação para pessoas e empresas, através de um novo regime de verdade: o fim dos problemas para empregados e empresas, já que eles teriam maior autonomia e sentiram-se com mais "força" e as empresas alcançariam maiores resultados. Foucault (1982) apresenta o "poder pastoral" como uma forma de poder que cria indivíduos sujeitos e subjugados dentro de um regime de verdade, apresentando a eles uma possibilidade de salvação. Desta maneira, esta pesquisa pretende analisar as novas correntes da teoria da administração: nominalmente cultura corporativa e qualidade total, como uma forma de poder pastoral. (AU)