Resumo
O gênero Staphylococcus compreende mais de quarenta espécies que estão entre os mais freqüentes microrganismos isolados em microbiologia médica. Um fator de risco importante para o aumento no número de infecções causadas por este gênero relaciona-se a implantes de materiais estranhos que incluem cateteres intravasculares e de hemodiálise. Os fatores de virulência produzidos por este gênero, principalmente estafilococos coagulase negativa (ECN) e como eles contribuem na patogenicidade das infecções associadas com corpos estranhos estão em investigação. Evidências indicam que a patogenicidade pode estar relacionada com a produção de um polissacarídeo extracelular, conhecido como biofilme, que permite a aderência desse microrganismo às superfícies plásticas e lisas, colonizando cateteres, válvulas cardíacas, marcapassos e próteses articulares. O biofilme confere proteção aos microrganismos contra os mecanismos de defesa imune do hospedeiro e de agentes antimicrobianos, por estas razões sua formação é considerada o principal fator de virulência dos ECN. Esse polissacarídeo produzido pelas células estafilocócicas é denominada polysaccharide intercellular adhesin (PIA), sendo codificado por um operon denominado intercellular adhesion (ica), composto de quatro genes icaA, icaD, icaC, icaB, e uma região promotora denominada icaR. Esse estudo tem como objetivo a detecção da produção de biofilme em amostras de S. aureus e ECN isoladas de recém-nascidos da Unidade neonatal do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, através do método de aderência em tubo, método do Agar Congo Vermelho (CRA), método da placa de tecido e a detecção dos genes icaA, icaD, icaC pela técnica de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). (AU)
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