Michel Foucault e a constituição histórica da psicologia e do sujeito psicológico

• Processo: 06/58875-9
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de janeiro de 2007
• Data de Término da vigência: 31 de março de 2008
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Filosofia - Epistemologia
• Pesquisador responsável: Richard Theisen Simanke
• Beneficiário: Fernando de Almeida Silveira
• Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
• Assunto(s): Consciência (percepção)
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Corpos-Almas | Foucault | Historia | Merleau-Ponty | Percepcao | Psicologia

Resumo

A arqueogenealogia de Michel Foucault estuda Q corpo, a alma moderna e a psique enquanto "conceitos-chaves" na produção de discursos historicamente situados e enquanto elementos de incidência das forças dos poderes e dos saberes, que se articulam estrategicamente, no ocidente. Foucault, ao desnaturalizar as emanações do corpo, torna as noções da ciência psicológica - dentre elas, a de psique - invenções histórico-discursivas, as quais só têm sentido se inseridas em arranjos epistêmicos de produção de razões. Devido à importância da Psicologia em Foucault, esta pesquisa estuda a ordem do discurso foucaultiano sobre os saberes psicológicos e seus "conceitos-chaves" - corpo, alma moderna e psique - tendo como contraponto a descrição fenomênico-ontológica da ciência psicológica em Merleau-Ponty, avaliando em que medida a noção de psique em Foucault situaria a Psicologia enquanto espaço social crítico (no entrelaçamento entre percepção, normalização, resistência e constituição histórica do sujeito), na produção histórica e perceptual do sujeito psicológico. Parte-se da hipótese de que o sujeito encarnado é um campo de presença - presença a si, ao outro, ao mundo - no qual o corporal e o psíquico, o natural e o cultural, o perceptual e o histórico, o interior e o exterior, o subjetivo e o objetivo, se constituem tensa e desencontradamente. É trabalho teórico, com a leitura analítica da bibliografia destes autores e comentaristas. (AU)