Polineuropatia do paciente critico em uma unidade de terapia intensiva: incidencia e fatores de risco.

• Processo: 05/04689-7
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de março de 2006
• Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2006
• Área de conhecimento: Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
• Pesquisador responsável: Antonio Luis Eiras Falcão
• Beneficiário: Olívia Meira Dias
• Instituição Sede: Faculdade de Ciências Médicas (FCM). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Assunto(s): Fatores de risco Eletroneuromiografia Unidades de terapia intensiva Estudos prospectivos
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Eletroneuromiografia | Estudo Prospectivo | Fatores De Risco | Unidade De Terapia Intensiva | Intensivismo

Resumo

A polineuropatia do paciente crítico (PPC), doença relativamente nova descrita inicialmente na década de 50, é uma entidade comum em pacientes críticos internados em Unidades de Terapia Intensiva, caracterizada por fraqueza muscular importante, hiporreflexia e hipoestesia, acometendo os grupos musculares distais. Apesar de apresentar resolução espontânea na maior parte dos pacientes, tal entidade determina dificuldade no desmame do respirador, estadia hospitalar prolongada, elevação dos gastos e pode levar a seqüelas persistentes em alguns pacientes após anos da internação. Apesar da freqüente incidência, sua fisiopatologia não é totalmente compreendida e não há consenso sobre os fatores de risco que determinam maior gravidade.O presente estudo prospectivo objetiva avaliar a incidência de Polineuropatia do Paciente Crítico após admissão na Unidade de Terapia Intensiva. Serão avaliados e analisados um número de variáveis comuns entre os pacientes, delimitando assim alguns fatores de risco para a ocorrência da síndrome. Farão parte do presente estudo pacientes admitidos na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas, entre Novembro de 2005 a Maio de 2006, por diversas categorias e condições primárias, comatosos, com idade entre 18 e 60 anos, em suporte ventilatório mecânico, com diagnóstico de sepse e/ou falência múltipla dos órgãos e cujos familiares concordem com a realização do estudo, conforme especificado no Termo de Consentimento livre e esclarecido, excluindo-se aqueles pacientes que apresentem doença neurológica preexistente ou trauma raquimedular (TRM), trauma crânio encefálico (TCE) com lesão apendicular, gravidez, insuficiência hepática, hipotireoidismo, doença renal crônica, HIV, diabetes, alcoolismo, e/ou estiverem internados previamente em enfermarias por um período superior a 10 dias.A Pesquisadora utilizará os pontos do APACHE II para determinar a severidade da doença primária e calcular a expectativa de mortalidade. A Glasgow Coma Scale (GSC), escala de Ramsay e diminuição nos reflexos osteotendíneos, também serão graduadas. Outros dados serão coletados através de exames laboratoriais de rotina e de registros do paciente.Além do exame clínico evidenciando a paresia e hiporreflexia, todos os pacientes incluídos serão submetidos a um estudo eletroneuromiográfico no 1o dia após diagnóstico de SIRS e entre o 20o e 30o após diagnóstico, confirmando ou não a hipótese clínica de Polineuropatia.