Ariel e Calibã: a América representada pelas metáforas shakespearianas

• Processo: 10/10825-9
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2010
• Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2011
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - História - História da América
• Pesquisador responsável: Leandro Karnal
• Beneficiário: Ricardo Amarante Turatti
• Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Assunto(s): Américas
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: A Tempestade | América | Modelos de representação | História Cultural/História Intelectual da América Latina

Resumo

A pesquisa pretende estudar algumas das formas pelas quais a peça A Tempestade, de William Shakespeare, foi identificada com a história e a situação político-social da América, principalmente as interpretações feitas por José Enrique Rodó e por Roberto Fernández Retamar, e de que forma essas interpretações serviram como exemplo e como discurso legitimador ou formador, de acordo com a análise feita, para a elaboração de projetos intelectuais. Cada um desses projetos traz como símbolo duas personagens da peça: Ariel, no caso de Rodó, e Calibã, no de Retamar. Assim, as personagens acabam por significar tanto uma interpretação da história do continente quanto modelos nos quais a América deveria se espelhar. Esses enfoques dados à obra de Shakespeare, essas interpretações que tomam uma das personagens como símbolo e como modelo, acabam por convergir em um ponto: os autores adeptos de cada um deles recorrem a uma obra produzida externamente, no caso a obra de um consagrado dramaturgo inglês, para servir de representação, argumento e elemento legitimador para suas próprias ideias, projetos políticos e intelectuais de interpretação da história da continente, e também de seus próprios engajamentos, levando em conta a situação política e cultural vigente em seus países e em suas épocas.