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Caracterização comparada do microambiente tumoral e o ambiente sistêmico em animais portadores de melanoma murino sob tratamento quimioterápico

Processo: 07/01713-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2007
Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2008
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Morfologia - Citologia e Biologia Celular
Pesquisador responsável:Roger Chammas
Beneficiário:Ciro Blujus dos Santos Rohde
Instituição Sede: Faculdade de Medicina (FM). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Microambiente tumoral   Melanoma   Baço   Macrófagos   Dacarbazina   Progressão tumoral   Modelos animais de doenças
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Baço | melanoma | microambiente tumoral | Biologia da Célula Tumoral

Resumo

O tumor, mais do que uma massa pura de células transformadas, é um microambiente tecidual, com características semelhantes a um ambiente inflamatório ou tecido em regeneração. O tecido nestas condições conta, entre outros, com o auxílio do sistema imunológico inato para seu crescimento, atuando de forma direta, como na fagocitose de restos celulares, ou indireta, como liberando citocinas pró-angiogênicas. O processo neoplásico, portanto, modula o sistema imune inato de forma a fazer com que ele ajude a promover o seu crescimento. Esta modulação pode ocorrer tanto no próprio sítio tumoral, como no ambiente sistêmico. Em áreas adjacentes ao tumor e em áreas necróticas principalmente, o tumor influencia diretamente algumas células do sistema imune inato, que poderão se comunicar com outras células presentes em outros lugares do corpo. Esta comunicação ocorre em quantidade considerável no baço, órgão que tem função de filtro do sistema sangüíneo. No baço os elementos do sangue trazidos do sítio tumoral e as células imunológicas por ele influenciadas entram em contato com células do sistema imune inato e adquirido nas polpas vermelha e branca, respectivamente. Este contato com um número grande de células, ali presentes, propicia um aumento da reação imunológica promovida inicialmente pelo tumor. Verifica-se, assim, uma possível participação do baço no desenvolvimento tumoral. O desenvolvimento referido, entretanto, não se dá somente na gênese do tumor, mas também quando da sua repopulação. A dacarbazina é um quimioterápico classicamente utilizado no tratamento do melanoma, tendo como ação a indução de apoptose nas células tumorais, formando áreas de sofrimento e morte celular, com freqüentes focos de necrose. Esta situação de morte celular, semelhante às inflamações e estados de regeneração tecidual, promove a fagocitose destes restos, limpando estas áreas e tornando-as propícias à repopulação celular, ou seja, as áreas mortas são repovoadas e o tumor continua a crescer. A repopulação tumoral, assim, constitui-se no maior problema do tratamento do melanoma, responsável por freqüentes insucessos clínicos. Uma das mais importantes formas com que os macrófagos são ativados para fagocitar os restos celulares é o contato com substâncias PAF-símile, produzidas e liberadas durante a morte celular. O antagonista do PAF, por sua vez, inibe esta ação dos macrófagos quando administrado conjuntamente com a dacarbazina, prejudicando de forma importante a repopulação celular do sítio tumoral. O presente trabalho objetiva, portanto, o estudo dessas alças de comunicação entre o tumor e o baço, bem como sua influência no desenvolvimento tumoral. Serão analisadas qualitativa e quantitativamente as populações celulares de macrófagos, neutrófilos e polimorfonucleares nos sítios tumoral e esplênico, em animais com tumor tratados com dacarbazina e/ou antagonista do PAF, com grupos controle de animais com tumor sem tratamento e sem tumor. A análise será feita de forma a comparar a presença e morfologia destes tipos celulares no baço e no tumor, através de imunohistoquímica e citometria de fluxo. Isto permitirá a análise das relações entre o micro-ambiente tumoral e o esplênico na repopulação do tumor, mediada por células do sistema imunológico inato.

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