Processos de recepção de narrativas midiáticas: um estudo sociolinguístico da recepção do programa Brava Gente

• Processo: 02/13046-4
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de julho de 2003
• Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2004
• Área de conhecimento: Linguística, Letras e Artes - Linguística - Sociolinguística e Dialetologia
• Pesquisador responsável: Anna Christina Bentes
• Beneficiário: Vívian Cristina Rio Stella
• Instituição Sede: Instituto de Estudos da Linguagem (IEL). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Assunto(s): Recepção (comunicação) Narrativa Sociolinguística
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Midia | Narrativa | Recepcao | Sociolinguistica

Resumo

O presente projeto de pesquisa tem como um de seus materiais de análise o programa televisivo semanal "Brava Gente" que tem um formato diferenciado, se comparado à telenovela, pois cada programa narra uma história, com início, meio e fim, sem que haja uma continuidade da narrativa, como ocorre na telenovela, chamada ainda de "folhetim eletrônico/televisivo". Procuraremos descrever a recepção de tais programas, com base na perspectiva hermenêutica adotada por Thompson (1998), que abrange trabalhos de tendências etnográficas, como os de Clifford Geertz, e com base na perspectiva sociolingüística de Lave e Wenger (1991) e Holmes (1999). Na tradição hermenêutica, os indivíduos J dispõem de recursos para dar sentido às mensagens que recebem, e o contexto e a criatividade fazem parte desse processo. Essa vinculação com o contexto, com a criatividade e com o lugar do indivíduo na sociedade aproxima a hermenêutica dos estudos etnográficos sobre a recepção dos produtos da mídia. Na perspectiva sociolingüística, os indivíduos compartilham práticas, inscrevendo-se em "comunidades de prática". Este projeto se propõe a descrever as habilidades de percepção do receptor das características formais e temáticas das narrativas midiáticas, a partir de uma perspectiva que pressupõe a não-passividade dos espectadores. Em outras palavras, estar em frente à televisão é também uma atividade de produção de sentidos socialmente compartilhada. (AU)