O mito da classe produtiva na critica da economia politica: marx e proudhon revisitados.

• Processo: 06/59340-1
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de abril de 2007
• Data de Término da vigência: 31 de março de 2010
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Filosofia - Epistemologia
• Pesquisador responsável: Paulo Eduardo Arantes
• Beneficiário: Leo Vinicius Maia Liberato
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Economia política
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Economia Politica | Karl Marx | Mito | P J Prudhon | Pos Fordismo | Trabalho Produtivo

Resumo

A pesquisa parte de uma posição pragmática, tanto em perspectiva de análise quanto no seu objetivo: contribuir para a criação de novas representações que sirvam de instrumento para os propósitos de movimentos e grupos sociais portadores de uma insubordinação expressa através de ações coletivas. Através da pesquisa e análise das obras de Karl Marx e P-J. Proudhon, buscando nelas as formulações desses autores sobre a noção de classe produtiva e sobre conceitos de produção e trabalho produtivo/improdutivo, procuraremos revelar o caráter pragmático dessas construções, no que elas se inclinavam à constituição de mito - no sentido dado por Sorel - a partir de um valor prático a um movimento social com o qual esses pensadores se identificavam em seu tempo. Buscamos demonstrar assim, em última análise, que essas teorias críticas da economia política deveriam ser entendidas, sobretudo, como parte de um processo de valorização da fonte do próprio poder de oposição e supressão do capital que apresentavam os atores de uma insubordinação ao mesmo; valorização da atividade concreta dos proletarizados que se rebelavam. O quadro referencial formado pelas teorias e observações da escola marxista autonomista de origem italiana, e de algumas obras de Baudrillard, serve de base teórica para problematizarmos a correspondência, coerência e valor prático dos conceitos da economia política e da sua crítica clássica no pós-fordismo. (AU)