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Avaliação do papel da colecistocinina nos efeitos amnésicos da morfina em ratos

Processo: 08/09047-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de fevereiro de 2009
Data de Término da vigência: 31 de janeiro de 2010
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Fisiologia - Fisiologia de Órgãos e Sistemas
Pesquisador responsável:Carla Andréa Tieppo
Beneficiário:Mauricio Diament
Instituição Sede: Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP). Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho. São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Morfina   Memória (psicologia)   Memória animal   Colecistocinina
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Cck | memória | Morfina | Neurociências

Resumo

A morfina é capaz de alterar diversos processos de comportamento. A memória e os processos de aprendizado são, sabidamente, afetados por agonistas opióides, como a morfina, que se provou causar amnésia. Através de evidências indiretas, demonstrou-se que os opióides endógenos enfraquecem a memória através de sua ação nos receptores opióides mu. Uma única exposição à morfina prejudicou a recuperação da memória operante, não ocorrendo o mesmo efeito para uma retirada após 5 semanas; por sua vez, a recuperação da memória espacial foi prejudicada pela exposição continuada à morfina. Mostrou-se, também, que a morfina aplicada pré-treino prejudicou a retenção da memória, testada após 24 horas; no entanto, quando a mesma dose de morfina foi administrada pré-teste, a retenção foi significantemente melhorada. Em a situações de estresse, ratos submetidos a jejum tiveram a aquisição e a consolidação da memória significativamente prejudicada, evento revertido com a depleção de morfina do espaço extracelular cerebral; tais achados sugerem um papel para os opióides endógenos no enfraquecimento da memória sob estresse. Observou-se, ainda, que a administração pós-treino de morfina piorou, de maneira dose-dependente, a retenção da memória em teste de esquiva inibitória; esta piora parece ser devida a um efeito da morfina na fase de consolidação da memória. A CCK é encontrada em altas concentrações por todo o sistema nervoso central, onde está envolvida em diversas funções fisiológicas; ela distribui-se nas células nervosas do córtex, nos núcleos da base, no hipocampo, no septum, na amígdala e na medula espinal, sendo um dos peptídeos neurotransmissores mais abundantes no cérebro de mamíferos. A CCK está envolvida na modulação dos processos de memória e seu papel é estratégico nos processos de memória sob condições de estresse. Ratos submetidos a interação social agressiva e que demonstraram comportamento submisso apresentaram maiores níveis de CCK no tegmento e no córtex posterior que os animais não submissos. Diversos trabalhos relacionam interações entre o sistema CCK e a morfina. Já foi demonstrado que existe um antagonismo fisiológico entre a CCK (através da ativação de receptores CCK-2) e o sistema endógeno opióide. Com relação à localização dos receptores, técnicas de imunofluorescência duplamente colorida revelaram co-localização parcial entre receptores CCK-imunorreativo-like e mu-opióide-imunorreativo-like nos neurônios do corno dorsal superficial. Com base nisso, o presente trabalho pretende avaliar se o bloqueio dos receptores CCK-2 poderia ser relevante, modulando os efeitos amnésicos da morfina, o que revelaria um efeito dependente de CCK para os efeitos amnésicos da morfina. Serão utilizados ratos Wistar, testados quanto à memória em aparelho de esquiva inibitória Ugo Basile. Eles serão divididos aleatoriamente em 4 grupos: antagonista CCK-morfina, salina-morfina, antagonista CCK-salina e salina-salina. O antagonista CCK ou a solução salina serão aplicados 30 minutos antes do experimento e a morfina ou salina, 15 minutos antes. Após este período de 30 minutos, os ratos serão submetidos ao teste no actômetro para descartar efeitos indesejados das drogas sobre a atividade motora dos animais, sendo avaliados, ainda, o tempo de imobilidade por minuto e a defecação total. Em seguida, serão colocados na caixa de esquiva inibitória. O teste será realizado sempre 24 horas depois do treino. Depois do experimento, os animais serão sacrificados em câmara de CO2. Os dados obtidos serão analisados por ANOVA, seguido de teste t-student, não-pareado, com um I.C. de 95% e considerando significantes valores de p<0,05. (AU)

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