Proposta de modelo para avaliação, em machos adultos , de desreguladores endócrinos em ruminantes: avaliação dos efeitos tóxicos da Ipomoea carnea.

• Processo: 10/12378-0
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2010
• Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2012
• Área de conhecimento: Ciências Agrárias - Medicina Veterinária - Patologia Animal
• Pesquisador responsável: Silvana Lima Gorniak
• Beneficiário: Evellyn Liss Pavanelli
• Instituição Sede: Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Toxicologia veterinária Toxicologia reprodutiva Disruptores endócrinos
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Desregulador endócrino | Ipomoea carnea | Toxicologia da Reprodução | Toxicologia Veterinária

Resumo

A Ipomea carnea é uma planta tóxica encontrada no Brasil e em outros países tropicas. No nosso país se distribui principalmente na região norte e nordeste, e tem como característica manter-se verde durante todo ano; assim sendo, na seca, época que na qual ocorre escassez de alimento, os animais acabam a ingerindo como fonte de matéria verde. A intoxicação natural advém quando diferentes espécies animais, como bovinos, ovinos e, particularmente, caprinos ingerem a planta de forma crônica. Os animais intoxicados por esta planta desenvolvem, principalmente, sintomatologia de origem nervosa, imputada ao principal componente tóxico encontrado nesta planta, a suainsonina. Além de alterações no SNC, também são observadas alterações endócrinas, reprodutivas, imunes, embriogênicas, gastrointestinais, renais, podendo assim, diminuir de maneira significativa a produtividade e os índices zootécnicos de ruminantes que venham a ingeri-la. O objetivo desse trabalho é o de estabelecer um protocolo para avaliação de possível efeito desregulador endócrino de diversos xenobióticos, em machos ruminantes adultos, e verificando- se a I. carnea promoverá tal efeito. Serão utilizados 15 bodes da raça Pardo Alpina, com idade aproximada de 12 meses divididos em três grupos iguais: um grupo controle, um grupo experimental; um grupo que receberá I. carnea, e, por último, um grupo de animais denominados de controle positivo, os quais receberão o vinclozolin, um fungicida o qual é sabidamente desregulador endócrino. Os caprinos receberão os diferentes tratamentos por 120 dias, sendo realizadas coletas mensais de sangue e sêmen para avaliação histopatológica testicular e epididimária. Propõe-se que ao final deste estudo, além de se verificar o possível efeito desregulador endócrino, possa-se fornecer um protocolo para a avaliação, em machos, deste efeito, de diferentes substâncias, às quais os ruminantes possam estar expostos.