"imitação" e "discurso" na música instrumental europeia na segunda metade do Século XVIII

• Processo: 06/55875-8
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2006
• Data de Término da vigência: 08 de junho de 2008
• Área de conhecimento: Linguística, Letras e Artes - Artes - Música
• Pesquisador responsável: Adma Fadul Muhana
• Beneficiário: Monica Isabel Lucas
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Imitação Poética Retórica
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Discurso | Imitacao | Poetica | Retorica

Resumo

O fim do século XVIII é visto como o momento em que a música instrumental desenvolveu um discurso autônomo em relação à música vocal, atingindo grande importância artística, no estilo "clássico" de autores como Haydn e Mo2art. Esta época é marcada pelo surgimento da estética, que substituiu a visão poético-retórica como diretriz teórica da música européia. Para muitos teóricos modernos, a valorização da música instrumental só é concebível com a superação do pensamento poético-retórico. No entanto, foi possível constatar em meu trabalho de doutorado, analisando a transformação dos conceitos de agudeza, humor e comicidade nas críticas setecentistas a Joseph Haydn, que teóricos do fim do século XVIII ainda compreendem a música instrumental segundo a visão poético-retórica. Para esses autores, a música é uma linguagem sonora, com premissas análogas à da oratória; música e poesia referem-se à imitação da natureza. Utilizando a ampla bibliografia coletada no trabalho sobre Haydn, este estudo deverá mostrar como os conceitos retóricos de imitação e de linguagem musical, mesmo modificados, permaneceram essencialmente válidos na música instrumental no final do século XVIII. Com isso, esta pesquisa lança bases para a compreensão, análise e interpretação do repertório instrumental setecentista, segundo preceitos retóricos. (AU)