Atividade linguistico-cognitiva na demencia.

• Processo: 02/13504-2
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de abril de 2003
• Data de Término da vigência: 31 de março de 2004
• Área de conhecimento: Linguística, Letras e Artes - Linguística - Teoria e Análise Lingüística
• Pesquisador responsável: Maria Irma Hadler Coudry
• Beneficiário: Valeria Cristina da Silva
• Instituição Sede: Instituto de Estudos da Linguagem (IEL). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Assunto(s): Cérebro Demência
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Cerebro | Demencia | Mal De Alzheimer

Resumo

Trata-se de uma pesquisa orientada por um estudo de caso, uma demência mista, cujo objetivo é investigar o apagamento progressivo de conceitos e de sistemas de referência (Franchi, 1977) e a reorganização de processos de significação com recurso a sistemas verbal e não verbal: "é pela linguagem que se constroem os sistemas de referência que permitem compreender as coisas do mundo e, dialeticamente, são os sistemas de referências que permitem que a linguagem ganhe sentido. Por isso a linguagem é uma atividade constitutiva. Os sistemas de referência, em última instância; representam a interface entre as coisas do mundo interno e do mundo externo. É essa relação que parece estar tocada no Mal de Alzheimer" (idem). O apagamento progressivo de relações semânticas (no nível da palavra e de representações não verbais) é o aspecto que mais se destaca na demência, o que repercute nos diferentes processos cognitivos (linguagem, orientação temporal e espacial, memória, atenção, cálculo etc.). Acometido por um processo progressivo de perdas conceituais que repercutem na organização paradigmática da linguagem e na coerência discursiva, o sujeito cérebro-lesado faz e refaz "novos caminhos" para reconstruir a significação a que já não consegue ter acesso diretamente pela linguagem: fazem falta a esses sujeitos os sistemas e subsistemas de referência a que se refere a linguagem, tornando-a cada vez mais dissociada de sua face discursiva". (AU)