O grito silenciado em Susana: uma análise exegética de Daniel 13

• Processo: 99/11646-0
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado
• Data de Início da vigência: 01 de maio de 2000
• Data de Término da vigência: 30 de abril de 2002
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Teologia - Teologia Pastoral
• Pesquisador responsável: Archibald Mulford Woodruff
• Beneficiário: Maria Antonia Marques
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Ciências e Religião. Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Instituto Metodista de Ensino Superior (IMS). São Bernardo do Campo , SP, Brasil
• Assunto(s): Aristocracia Hegemonia Resistência Palestina
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Aristocracia Judaica | Escravismo | Fariseus | Hegemonia | Lei De Moises | Resistencia

Resumo

Proponho-me a fazer uma análise exegética de Daniel 13,1-64, para redescobrir o texto bíblico. Um outro objetivo é buscar elementos de resistência na caminhando do povo judeu, das pessoas oprimidas na Palestina pelos governantes judaicos, para animar as comunidades em suas lutas de hoje. A história de Susana é uma parábola que evidencia a corrupção e a injustiça na sociedade judaica, por volta do ano 100 a.C. Uma disputa de poder entre as antigas autoridades religiosas - os defensores da Lei de Moisés - e os governantes judaicos aliados à nova aristocracia social. Nesse contexto, os camponeses, os pequenos artesãos e os libertos viviam relegados à miséria, ao esquecimento, enfim, em condições precárias de vida. Os autores de Daniel 13 enfatizam que Deus ouve o grito dos fracos e pequenos (Dn 13,42-44). Podemos encontrar nesse texto os principais valores da cultura judaica, a saber, a importância da Lei de Moisés (v. 3.62), a confiança absoluta no Senhor (v.42) e a fidelidade de Deus que socorre os oprimidos (v.44). Nesse texto podemos constatar vários gritos de resistência. De um lado, o grito dos fariseus que se sentem ameaçados em seu poder sócio-econômico-político e religioso. De outro, o grito dos pequenos e oprimidos. (AU)