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Das igrejas ao cemiterio: uma nova morada para os mortos. transformacoes dos costumes funebres no recife do seculo xix (1840-1870).

Processo: 02/04633-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2002
Data de Término da vigência: 31 de março de 2004
Área de conhecimento:Ciências Humanas - História - História do Brasil
Pesquisador responsável:Sidney Chalhoub
Beneficiário:Vanessa Viviane de Castro Sial
Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Irmandades   Religiões   Morte   Saúde pública
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Cemiterio | Costumes Funebres | Irmandades | Morte | Religiao | Saude Publica

Resumo

Pretende-se investigar, a partir do projeto de construção do Cemitério Público Bom Jesus da Redenção no Recife do século XIX, como se deram as transformações dos costumes fúnebres, mediante a imposição de normas sanitárias relacionadas às práticas funerárias tradicionais, que eram entendidas pelos médicos higienistas como um dos fatores de propagação das epidemias. Neste sentido, torna-se crucial o estudo do impacto cultural da proibição das inumações dos cadáveres dentro das igrejas, que deram lugar aos sepultamentos em cemitérios afastados do perímetro urbano. Os médicos higienistas, que influenciaram decisivamente na elaboração e aprovação destas normas sanitárias pelo poder público, acreditavam que os corpos cadavéricos eram possíveis focos de emanações miasmáticas, sendo agentes de grande poder de infecção do ar, causadoras de toda sorte de epidemias na cidade. A proibição dos sepultamentos nas igrejas gerou múltiplos pontos de discussão e conflitos na sociedade recifense do século XIX, assim como ocorreu em várias outras cidades brasileiras: dentro do poder público, na elaboração de leis e regulamentos para as novas práticas fúnebres, como também na população, que viu suas crenças mais íntimas ameaçadas, sobretudo entre membros de irmandades religiosas. Ademais, o estudo das transformações dos costumes fúnebres é fundamental para a compreensão do processo de secularização da morte no Brasil oitocentista. (AU)

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Publicações acadêmicas
(Referências obtidas automaticamente das Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado de São Paulo)
SIAL, Vanessa Viviane de Castro. Das igrejas ao cemiterio: politicas publicas sobre a morte no Recife do Seculo XIX. 2005. Dissertação de Mestrado - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Campinas, SP.