Esquecimento e alteridade no processo de reificação da escrita

• Processo: 03/04646-0
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado
• Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2003
• Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2005
• Área de conhecimento: Linguística, Letras e Artes - Linguística - Psicolinguística
• Pesquisador responsável: Leda Verdiani Tfouni
• Beneficiário: Anderson de Carvalho Pereira
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
• Assunto(s): Letramento Esquecimento Alteridade Alfabetização Escrita Análise do discurso
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Alfabetizacao | Alteridade | Discurso | Escrita | Esquecimento | Letramento

Resumo

Pela fundamentação teórico-metodológica da escola francesa da Análise do Discurso e da instância sujeito lacaniano que a atravessa, este trabalho objetiva investigar a reificação da escrita, feita através da ilusão de obviedade, unidade e completude do dizer sustentada pelos dois esquecimentos de Pêcheux. Para atingir este objetivo, basear-nos-emos nos conceitos de alteridade e heterogeneidade e também nos estudos sobre letramento propostos por Tfouni, que pressupõe a interpenetração oralidade e escrita, ao mesmo tempo, que integra e incorpora a questão da alteridade e da heterogeneidade, ao redor da reificação acima citada. Entende-se por reificação aqui a aparente completude da escrita - o que a dota de poderio simbólico - calcada num imaginário acobertado pelo simbólico, ainda que afetado por furos do real da língua. Este processo parece mais evidente na escrita por se tratar de uma posição discursiva instada a produzir textos com começo, meio e fim. Além disso, existe uma heterogeneidade das práticas letradas que aponta para uma desigualdade social no acesso aos textos escritos por conta da ideologia e do recalque, que atuam neste (in)acesso. A interpenetração oral/escrito fundamenta nosso corpus: narrativas orais produzidas por Madalena de Paula Marques: uma mulher não-alfabetizada. A utilização deste corpus está concorde uma concepção de letramento que aponta no particular das narrativas orais, a possibilidade de apontamentos feitos no geral das práticas letradas. (AU)