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Acessibilidade para pessoas com deficiência visual: uma análise de parques urbanos

Texto completo
Autor(es):
Virginia Magliano Queiroz
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU/SBI)
Data de defesa:
Membros da banca:
Rosaria Ono; Nubia Bernardi; Sheila Walbe Ornstein
Orientador: Rosaria Ono
Resumo

Os parques são espaços de lazer essenciais para convivência e interação na sociedade, sendo locais públicos, que devem oferecer igualdade de possibilidades e utilização por todos, não segregando ou excluindo. Mas, na realidade, os parques públicos urbanos brasileiros ainda não dispõem de condições básicas para o deslocamento seguro e autônomo das pessoas com deficiência visual. Por meio desta pesquisa, objetivou-se identificar as restrições que o ambiente impõe a esse grupo de indivíduos, bem como conhecer suas necessidades, habilidades e limitações, compreendendo a sua percepção do espaço, e identificando a influência dos elementos cognitivos auxiliares dessa percepção. Buscou-se ainda avaliar a eficácia das medidas de acessibilidade implantadas em parques urbanos para as pessoas com deficiência visual, analisando a sua relação com estes espaços livres públicos de lazer. Para tal, realizou-se uma revisão bibliográfica aprofundada acerca do tema, atentando para as normas e legislações vigentes; entrevistas com especialistas de outras áreas do conhecimento, como psicólogos, educadores e especialistas em orientação e mobilidade; e contou-se com a contribuição de pessoas com deficiência visual por meio da aplicação de ferramentas como entrevistas, grupos focais, observações participantes, e passeios acompanhados em alguns parques de São Paulo, para a coleta de dados. O estudo pautou-se por uma abordagem qualitativa de pesquisa, cujos resultados ressaltaram a importância dos parques como espaços de lazer para as pessoas com deficiência visual e a atual falta de acessibilidade dos mesmos. Apesar da legislação brasileira, e em especial da cidade de São Paulo, estabelecer a garantia de acesso e utilização dos parques pelas pessoas com deficiência em geral, essa determinação não é cumprida pelo próprio poder público, responsável pelo gerenciamento e manutenção dos parques uranos. E em relação às normas atuais, esta dissertação sugere alguns acréscimos e recomendações para que os parques realmente possibilitem o deslocamento autônomo e independente das pessoas cegas e com baixa visão. Por fim, com a realização desta pesquisa percebe-se que os ambientes muito abertos, amplos e com muitas pessoas são naturalmente complicados para as pessoas com deficiência visual, mas é possível deixá-los totalmente acessíveis para este público-alvo, e é algo necessário, visto que esta parte da população demonstrou grande interesse e deve ser incluída plenamente nos espaços públicos em questão. (AU)

Processo FAPESP: 12/07916-8 - Acessibilidade de praças e parques para pessoas com deficiência visual
Beneficiário:Virginia Magliano Queiroz
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado