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O papel das estruturas litológicas e tectônicas na evolução da rede hidrográfica da Região Serrana do Espírito Santo: o caso da bacia hidrográfica do Rio Benevente

Texto completo
Autor(es):
Roberto José Hezer Moreira Vervloet
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Jurandyr Luciano Sanches Ross; Adilson Avansi de Abreu; Antonio Carlos Colangelo; Silvio Carlos Rodrigues; Antonio Carlos Vitte
Orientador: Jurandyr Luciano Sanches Ross
Resumo

O papel da litologia e da organização tectônica Proterozóica para entendimento da gênese do relevo, em termos de erosão diferencial, tem sido relativamente negligenciado nos últimos decênios em favor de linhas de explicação baseadas nas mudanças paleoclimáticas, tectônica moderna, e geoquímica de superfície. Fato que tem permitido a formação de modelos explicativos fechados sobre a gênese e dinâmica do relevo. Entretanto, em áreas de embasamento cristalino a organização tectônica e a diversidade composicional químico-mineralógica das rochas auxilia fortemente o entendimento do papel da erosão diferencial, na explicação da diversidade de compartimentos geomórficos. A organização tectônica das rochas, através de sistemas de falhas e dobras de fundo (estudados na década de 1950 por Francis Ruellan), tem papel fundamental no entendimento dos processos de erosão diferencial responsável pela diversidade de compartimentos geomórficos. Neste sentido, este trabalho procura provar, através do método da Associação e Indeterminação Geomorfológica de Leopold e Langbein (1970), que a Região Serrana do Espírito Santo, e, em especial, a da bacia hidrográfica do Rio Benevente é resultante da erosão diferencial sobre rochas de rica diversidade químico-mineralógica, organizada por meio de dobras de fundo e sistemas de falhas transcorrentes conjugadas. Para realização desta investigação foi elaborado uma proposta de cartografia hidrogeomorfológica para pesquisa de bacias hidrográficas, estudando-se a evolução dos perfis fluviais longitudinais, perfis morfogeológicos, estruturas tectônicas e composição químico-mineralógica das unidades litológicas associado a compartimentação morfológica do relevo. Tudo fundamentado no método escolhido. O que certamente parece ser uma coisa óbvia, no entanto, evidencia a atuação de um verdadeiro sistema de dissecação fluvial, associado ao rebaixamento de níveis de base (knickzonas) que evoluem conforme o mergulho da foliação metamórfica dos flancos das dobras e da zona de dano associado às falhas. A conclusão que se chega é a de que o relevo da bacia do Rio Benevente, e por sua vez da Região Serrana do Estado, configura-se como compartimentos geomórficos residuais resultantes da evolução de knickzonas fluviais associadas à organização tectônica das dobras de fundo responsáveis pela gênese de níveis diferenciais de resistência litológica e de distribuição espacial das falhas e fraturas. A composição das unidades litológicas também influencia, fortemente, a compartimentação do relevo, estando o nível de convexização dos relevos e a dissecação na forte dependência do grau de participação dos minerais do grupo dos plagioclásios, anfibólios e piroxênios na constituição litológica das litoestruturas (AU)

Processo FAPESP: 10/10066-0 - O papel das estruturas Proterozóicas na evolução da rede hidrográfica na Região Serrana do Espírito Santo: o caso da bacia hidrográfica do Rio Benevente.
Beneficiário:Roberto José Hezer Moreira Vervloet
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado