História pessoal e sentido da vida: análise biográfico-existencial
Educação inclusiva: para todos ou para cada um? Alguns paradoxos (in)convenientes
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Autor(es): |
Mauricio Liberal Augusto
Número total de Autores: 1
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Tipo de documento: | Tese de Doutorado |
Imprenta: | São Paulo. |
Instituição: | Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Educação (FE/SBD) |
Data de defesa: | 2013-11-07 |
Membros da banca: |
José Sergio Fonseca de Carvalho;
Vanessa Sievers de Almeida;
Angela Lorena Fuster Peiró;
Elias Thome Saliba;
Adriano Correia Silva
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Orientador: | José Sergio Fonseca de Carvalho |
Resumo | |
Nas décadas de 1980 e 1990, no Brasil, desenvolveu-se nos meios acadêmicos de História um amplo consenso para o combate a um suposto ensino tradicional, que deveria ser substituído por um processo de renovação. Como um eco tardio, o debate em torno do assunto foi claramente permeado pelo fervor militante presente nas duas décadas de ditadura militar e pelos bem-sucedidos esforços em prol da redemocratização. Seus proponentes tomaram a Nova História como fonte primordial para canalizar os esforços em prol da renovação do ensino de História. Esta tese toma como referência a obra de Hannah Arendt, que não era historiadora, tampouco educadora em sentido estrito talvez por essa razão seu olhar seja fecundo para se contrapor àquele consenso renovador , e procura mostrar que, nas circunstâncias em que se deu, tal consenso inclinou-se para a rejeição pura e simples do dito ensino tradicional e para o uso recorrente do pressuposto de que só é possível conhecer e compreender aquilo que nós mesmos fizemos. Ao mesmo tempo, e contrariando seus propósitos libertários, aquele consenso renovador procurava, sem o admitir, substituir a iniciação dos jovens nos meandros da História por uma oficina da História com vistas a transformá-los em pequenos historiadores. Ao revelar esse conjunto de atitudes, tomadas por uma comunidade autorreferente, o presente trabalho pretende reforçar a indiscutível distinção entre universidade e escola implicitamente negada pelos referidos renovadores, além de recuperar o sentido formativo da História à luz da obra de Hannah Arendt, sobretudo no que diz respeito ao significado que a autora confere à narrativa histórica. Do mesmo modo, procura mostrar que a pretendida renovação, ao transportar a teoria e a prática historiográficas para as práticas de ensino dessa disciplina, acarretou o obscurecimento do sentido formativo da História. Partindo de uma metáfora musical utilizada por Arendt no prefácio de Entre o passado e o futuro, a tese se emoldura tal qual uma suíte. A política, a história e a educação representam três vozes distintas e relacionadas da reflexão teórica de Arendt que convergem, ao final, para iluminar o sentido formativo do ensino de História. (AU) | |
Processo FAPESP: | 10/50456-2 - a narrativa cativa |
Beneficiário: | Maurício Liberal Augusto |
Modalidade de apoio: | Bolsas no Brasil - Doutorado |