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Evolução de fluorescência, cripsia e comportamentos em aranhas Thomisidae sobre flores

Texto completo
Autor(es):
Camila Vieira
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Gustavo Quevedo Romero; Eduardo Novaes Ramires; Marcelo Oliveira Gonzaga; Sérgio Furtado dos Reis; Martin Francisco Pareja
Orientador: Gustavo Quevedo Romero
Resumo

Aranhas Thomisidae possuem fotorreceptores sensíveis à radiação ultravioleta (UV). Quando os átomos desses fotorreceptores são expostos à UV, há uma absorção de UV e emissão de uma luz denominada fluorescência. Embora recentemente a fluorescência tenha sido descrita em diversos organismos como aves, crustáceos e escorpiões, pouco se sabe como esta propriedade evolui em aranhas. Em Thomisidae a evolução de colorações de camuflagem e reconhecimento de presas é um tema intrigante e ainda pouco explorado, principalmente em espécies tropicais. Várias espécies de aranhas Thomisidae forrageiam por emboscada (i.e., senta-e-espera) sobre flores e se não possuírem características comportamentais e/ou físicas que favoreçam camuflagem a presas e predadores, podem ter sua chance de sobrevivência reduzida. Em contraste, outras espécies de Thomisidae consideradas basais (e.g., Tmarus) geralmente não usam flores para forragear e sua coloração é pálida ou marrom. Até o momento nada se sabe sobre comportamentos, coloração e intensidade de fluorescência entre as espécies que forrageiam em flores e em outros tipos de substrato (folhas e ramos secos), nem tampouco como evoluíram estas características em Thomisidae. Neste trabalho foram investigados especificamente: (1) a variação da intensidade de fluorescência e reflexão de UV em Thomisidae estudando desde gêneros basais até os gêneros que divergiram mais recentemente, (2) se a intensidade de fluorescência e reflexão de UV são maiores em espécies que forrageiam sobre flores quando comparadas às espécies que não forrageiam sobre flores, (3) se as espécies de aranhas que forrageiam sobre flores estão crípticas no sistema visual de visitantes florais e (4) como características ecológicas relacionadas à cor (intensidade de fluorescência, reflexão UV) evoluíram na família Thomisidae. Esse trabalho revela que a coloração tem um papel fundamental na escolha de sítios de forrageio e na detecção das aranhas por suas presas. Intensidade de fluorescência e reflexão de UV são características ecológicas que evoluíram de forma não correlacionada e apresentam sinal filogenético em Thomisidae da região Neotropical (AU)

Processo FAPESP: 10/51523-5 - Evolucao de fluorescencia, camuflagem e comportamentos em aranhas thomisidae sobre flores
Beneficiário:Camila Vieira Curti
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado