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Avaliação de uma região hotspot do gene citocromo b para resistência aos fungicidas inibidores da quinona oxidase (QoI) em patógenos de uva Niágara Rosada

Texto completo
Autor(es):
Nathália de Moraes
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Piracicaba.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALA/BC)
Data de defesa:
Membros da banca:
Claudia Barros Monteiro Vitorello; Silvana Aparecida Creste Dias de Souza; Maria Carolina Quecine Verdi
Orientador: Claudia Barros Monteiro Vitorello
Resumo

A videira é uma das plantas mais antigas cultivadas pela humanidade, sendo que no Brasil a uva é a terceira fruta com maior volume de produção, atrás apenas do cultivo das bananas e das laranjas. Apesar da produção rentável, principalmente aos pequenos produtores, o parreiral é susceptível a várias doenças cujo manejo compromete até 59% dos gastos do produtor. No estado de São Paulo, dentre as doenças, três têm destaque: a antracnose (causada pelo Sphaceloma ampelinum), o míldio da videira (causado pelo Plasmopara viticola) e a ferrugem (causada pelo Phakopsora euvitis). Os produtores utilizam controle químico de forma intensa e preventiva, chegando a 100 aplicações de fungicidas em um ciclo de até 120 dias. Os principais fungicidas utilizados são os inibidores da quinona oxidase (QoI), que agem impedindo o transporte de elétrons do citocromo b ao citocromo c1 na cadeia respiratória da mitocôndria. Porém, existem relatos de resistência ao fungicida aplicado no campo em diversos países. As substituições G143A, G137R e F129L na sequência da proteína citocromo b impedem que o fungicida se ligue ao seu sítio alvo. As mutações que levam às substituições estão localizadas em uma das regiões chamada hotspot do gene citocromo b (cytB). Visto que, pela carência de estudos, a resistência genética a esses fungicidas nunca foi relatada no Brasil, o objetivo principal desse trabalho foi sequenciar e caracterizar a região hotspot em isolados de míldio, ferrugem e antracnose provenientes de parreirais do estado de São Paulo. Foram selecionados 35 isolados de 11 locais diferentes; desses, 11 isolados de míldio foram considerados geneticamente resistentes, pois apresentam a mutação para o resíduo alanina na posição 143, e 4 isolados foram considerados geneticamente sensíveis. Os dois isolados de ferrugem selecionados também foram considerados geneticamente sensíveis. Pela estratégia de Genome Walking foi possível sequenciar 65% do gene cytB de um dos isolados brasileiros de P. viticola; foram encontrados poucos polimorfismos e nenhum íntron na sequência analisada. Os resultados obtidos com esse estudo podem servir de suporte para a tomada de decisões de manejo mais adequadas para a realidade da viticultura brasileira; além disso, são importantes para futuros estudos sobre a evolução do patógeno com a pressão seletiva exercida pelos fungicidas. (AU)

Processo FAPESP: 14/19711-7 - Análise da variabilidade do gene cytB na região genômica associada a resistência aos fungicidas QoI em patógenos da uva Niágara (Vitis labrusca)
Beneficiário:Nathália de Moraes
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado