Busca avançada
Ano de início
Entree


Tipos de tópicos em português brasileiro: um olhar prosódico-sintático

Texto completo
Autor(es):
João Vinicius de Almeida Braga
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Marcello Modesto dos Santos; Maximiliano Guimarães Miranda; Esmeralda Vailati Negrão; Raquel Santana Santos; Maria Cristina Figueiredo Silva
Orientador: Marcello Modesto dos Santos
Resumo

O presente trabalho levanta a questão da derivação sintática em diferentes contruções de tópico. Essa diferenciação foi estabelecida por Frascarreli & Hinterhölzl (2007) com base na abordagem de Rizzi (1997) que propõe uma estrutura mais articulada para o complexo CP. Assim Frascarelli & Hinterhölzl (2007) realizam um levantamento de corpora determinando três tipos de tópico em sentenças do italiano e do alemão, a saber: a) Tópico conversacional (aboutness topic): informação que é o tema da sentença (REINHART, 1981); b) Tópico contrastivo: constituinte que cria um par opositivo a outro tópico (CHAFE, 1987) c) Tópico familiar: constituinte acessível, geralmente realizado em uma forma pronominal (PESETSKY, 1987). Para dar uma ideia do problema considere os exemplos, abaixo: 1) O JOÃO (*ele) leu o livro de sintaxe (não o Pedro). Foco contrastivo 2) O livro de sintaxe, o João leu ø/ele ontem. Tópico 3) O João, ele leu o livro de sintaxe. Tópico 4) O João, ø leu o livro de sintaxe ontem. Tópico Os autores avaliam o contorno entoacional de cada uma das construções (2 e 3) e a sentença (4) que coloca uma ambiguidade estrutural entre moviemnto e geração na base. Os autores, então, propõem que todas sejam geradas na base deixando a estrutura de cujo sintagma é inequivocamente movido para a expressão de foco, sentença (1). Com base nesse trabalho realizamos um estudo comparativo entre as estruturas de tópico em PB. Contrapomos a entoação de sentenças como as decritas acima e avaliamos se existe um melhor tratamento sintático para tais estruturas, seja derivação via movimento, ou geração na base. No primeiro capítulo apresentamos o problema e a arquitetura da fonética articulatória, autossegmental e métrica e prosódica que embasam o estudo. Em seguida apresentamos alguns estudos já realizados nessa matéria que contam com a descrição prosódica de sentenças neutras do PB e sentenças com foco prosódico sobre o sujeito, além de sentenças com tópicos já levantadas em pesquisas anteriores. No segundo capítulo apresentaremos a teoria sintática que ampara nosso entendimento das estruturas envolvidas e o tipo de derivação em jogo. A teoria gerativa formulada por Chomsky servirá como guia balizador da derivação, especialmente a partir do programa minimalista (COMSKY 1995 e posteriores) Após essa introdução aprsentaremos algns estudos sobre esse conjunto de sentenças os possíveis caminhos a serem seguidos. No terceiro capítulo descrevemos o experimento, no quarto apresentamos e discutimos os resultados. Por fim, o quinto e último capítulo oferece um panorama geral do que foi exposto e as conclusões. (AU)

Processo FAPESP: 11/08952-5 - Genericidade e Prosódia: um estudo de interfaces
Beneficiário:João Vinicius de Almeida Braga
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado