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A arquitetura da escravidão nas cidades do café, vassouras, século XIX

Texto completo
Autor(es):
Marcelo Rosanova Ferraro
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Rafael de Bivar Marquese; Paulo César Garcez Marins; Mariana de Aguiar Ferreira Muaze
Orientador: Rafael de Bivar Marquese
Resumo

A dissertação analisa a produção do espaço e da paisagem do município Vassouras no século XIX, com ênfase no espaço urbano. Centro da cafeicultura escravista fluminense e núcleo do Partido Conservador, a cidade foi um lócus privilegiado de sociabilidade das principais famílias, assim como da construção das instituições do Império em nível local. Tanto residências privadas quanto edifícios públicos foram veículos de estratégias das famílias dominantes, como monumentos à construção de sua identidade de classe e de suas conexões com a monarquia e o Império. Ao mesmo tempo, suas instituições políticas serviram à defesa do tráfico e do cativeiro, enquanto o judiciário foi disputado por múltiplos agentes sociais, prevalecendo o papel de manutenção da ordem senhorial. Vassouras foi o resultado de lutas desiguais entre autoridades públicas, senhores e escravos, prevalecendo os interesses dos potentados, que impuseram à paisagem e à memória do Vale do Paraíba um discurso seletivo do passado, em que palacetes legaram às sombras as senzalas, faces complementares da arquitetura da escravidão. (AU)

Processo FAPESP: 14/09898-2 - A arquitetura senhorial-escravista nas cidades do café: Vale do Paraíba, século XIX
Beneficiário:Marcelo Rosanova Ferraro
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado