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Aleitamento Materno e Trabalho: entre as funções maternas e a responsabilidade profissional

Texto completo
Autor(es):
Suzana Stefanini Campos de Almeida
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Ribeirão Preto.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (PCARP/BC)
Data de defesa:
Membros da banca:
Juliana Stefanello; Erika de Sá Vieira Abuchaim; Márcia Regina Cangiani Fabbro; Juliana Cristina dos Santos Monteiro
Orientador: Juliana Stefanello
Resumo

Introdução: O trabalho materno tem sido apontado como um dos fatores que influenciam o início, a duração e a intensidade do aleitamento e vários são os fatores relacionados ao trabalho que podem influenciar a prática do aleitamento materno. Entretanto, percebemos que a grande dificuldade para alcançar melhores padrões desta prática, entre as trabalhadoras, não se encontra na falta de conhecimento materno sobre a importância de amamentar, tampouco na inexistência de programas e leis que promovam, protejam e incentivem o aleitamento. A dificuldade está também, na falta de adesão por parte das empresas/gestores em implementar as ações vigentes de forma apropriada para as funcionárias que retornam da licença maternidade, ou ainda daquelas que retornam precocemente ao trabalho por não terem um vínculo trabalhista formal. Objetivo: Compreender a experiência de mulheres trabalhadoras e gestores/empresários em relação ao aleitamento materno e o retorno ao trabalho. Método: Trata-se de um estudo qualitativo, que teve como cenário uma empresa do ramo de agronegócio da região de Ribeirão Preto, SP, Brasil que adota políticas de promoção, proteção e incentivo ao aleitamento materno, tais como: licença maternidade, licença paternidade, sala de amamentação, horários flexíveis, creches, entre outros. Os participantes deste estudo foram mulheres que passaram pelo processo da amamentação nos anos de 2014, 2015 e 2016, e funcionários/gestores que trabalham no mesmo setor. A coleta de dados foi realizada através de entrevista semiestruturada gravada após a assinatura do TCLE. Para analise dos dados foi utilizado o Método de Interpretação de Sentidos à luz do Materialismo Histórico Dialético, dos conceitos de gênero e das políticas de apoio à maternidade. Resultados: 16 sujeitos participaram de nosso estudo, sendo eles 10 mulheres, cinco funcionários e um gestor. Três categorias temáticas foram identificadas: A maternidade e os programas de apoio no trabalho, Fragmentação de pensamentos: entre as necessidades maternas, sobrecargas diárias e posturas profissionais e O aleitamento materno sob o prisma empresarial. Conclusão: Identifica-se que muitos são os dilemas sofridos pelo desejo de manter a prática do aleitamento materno e sentir-se segura em suas profissões e longe de olhares preconceituosos e incriminadores. Para que a mulher concilie de forma harmoniosa suas funções maternas e a sua responsabilidade profissional, além de uma rede de apoio que agregue familiares, profissionais de saúde capacitados, a mulher necessita desejar e se resignar. Destacamos no que diz respeito à empresa que a simples existência de programas de apoio dentro das empresas não representa o legítimo apoio dos funcionários/gestores demonstrando que não somente são necessários tais programas, mas também a compreensão e sensibilização destes em relação aos vários papeis sociais que a mulher representa hoje na sociedade contemporânea (AU)

Processo FAPESP: 15/05876-7 - Aleitamento materno e trabalho: experiências de puérperas, funcionários e gestores/empresários
Beneficiário:Suzana Stefanini Campos de Almeida
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado