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Estudo lito-estrutural das mineralizações auriferas nos arredores de São Gonçalo do Sapucai - Campanha Minas Gerais

Texto completo
Autor(es):
Renata Machado Medeiros
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Geociências
Data de defesa:
Membros da banca:
Asit Choudhuri; Roberto Perez Xavier; Fernando Flecha Alkmin
Orientador: Asit Choudhuri
Resumo

Os resultados deste estudo realizado a partir de um mapeamento geológico-estrutural de uma área situada entre as cidades de São Gonçalo do Sapucaí. Campanha e Monsenhor Paulo, no sul de Minas Gerais, mostraram que a área apresenta dois conjuntos litológicos distintos: o embasamento gnáissico pertencente ao Grupo Amparo e a seqüência supracrustal pertencente ao Grupo Andrelãndia. O embasamento gnáissico compreende hornblenda gnaisses tonalíticos a granodioríticos e um augen gnaisse granítico. A seqüência supracrustal é composta de paragnaisses (biotita gnaisses. granada-biotita gnaisses e muscovita-biotita gnaisses) com intercalações de quartzitos e subordinadamente anfibolitos. hornblenda-biotita gnaisses, clorita-actinolita xistos e hornblenda xistos. Estruturalmente foram reconhecidos dois eventos tectônicos principais que ocorreram em condições metamórficas e cinemáticas distintas: 1) o mais antigo, Dn, foi responsável por um cisalhamento dúctil de baixo ângulo, em condições metamórficas da fácies anfibolito média a alta, o qual gerou a foliação regional Sn; 2) o mais novo, Dn+ 1, implantou-se num ambiente metamórfico mais brando, porém ainda na fácies anfibolito baixo, em regime tectônico transcorrente direcional acompanhado de um grande aporte de fluidos, Dn+ 1 é representado na área em estudo por zonas de cisalhamento dúctil-rúptil de caráter dextral, sendo a principal destas a Zona de Cisalhamento Três Corações (ZCTC). As mineralizações auríferas primárias das ocorrências Andaime, Xicão, Irmão estão hospedadas em biotita gnaisses finamente bandados e as da ocorrência Barro. Alto no muscovita-biotita gnaisse também finamente bandado, ambos da seqüência supracrustal do Grupo Andrelândia. As zonas mineralizadas são estreitas (centimétricas) e descontínuas. Contêm principalmente pirita disseminada e subordinadamente calcopirita e pirrotita, ao longo da foliação Sn. Apesar de não ter sido possível determinar onde o ouro ocorre, devido a este ser muito fino (invisível), é possível que ele esteja associado à pirita, tanto disseminado ou em seu retículo cristalino, ou disperso na matriz. A análise petrográfica das rochas hospedeiras da mineralização mostrou que os níveis mineralizados estão relacionados ao evento Dn, durante o qual estas rochas sofreram um metamorfismo (Mn) na fácies anfibolito e, localmente, atingindo fusão parcial. O estudo geoquímico comparativo entre os níveis mineralizados e os estéreis, nas ocorrências auríferas, revelaram que a maioria dos elementos químicos permaneceram imóveis durante o processo mineralizante. Considerando os efeitos da tectônica e metamorfIsmo do evento Dn, não pode ser descartada a hipótese de que a fusão parcial, acompanhada de fluidos hidrotermais de alta temperatura, tenha sido responsável pela mineralização do ouro (AU)

Processo FAPESP: 92/03818-6 - Estudo lito-estrutural dos alvos de mineralizacao aurifera na serra da conquista, a nordeste de sao goncalo do sapucai, mg.
Beneficiário:Renata Machado Medeiros
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado