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Dinâmica e produtividade da comunidade arbórea na Floresta Atlântica ao longo do gradiente altitudinal da Serra do Mar: Forest dynamics and aboveground biomass balance of Atlantic Forest across an elevation gradient of the Serra do Mar state park

Texto completo
Autor(es):
Marcos Augusto da Silva Scaranello
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Carlos Alfredo Joly; João Luis Ferreira Batista; Luiz Eduardo Oliveira e Cruz de Aragão; Mercedes Maria da Cunha Bustamante; Flavio Antonio Maës dos Santos
Orientador: Simone Aparecida Vieira; Carlos Alfredo Joly
Resumo

Compreender como a dinâmica da comunidade arbórea e a produtividade em florestas tropicais respondem a um gradiente de elevação pode auxiliar no entendimento de como as florestas tropicais se comportará sobre a influência de mudanças no clima no futuro. Nesta tese investigamos a dinâmica e a produtividade da floresta Atlântica ao longo do gradiente de elevação da Serra do Mar com foco na ecologia funcional, utilizando 13 parcelas permanentes de 1-ha. Representamos a dinâmica florestal como o crescimento, à mortalidade e o recrutamento da comunidade arbórea; e a produtividade como o incremento em biomassa dos indivíduos arbóreos vivos e sua mudança líquida. Utilizamos como atributo funcional chave a densidade da madeira, devido à sua capacidade de integrar o equilíbrio entre crescimento e sobrevivência de espécies arbóreas em florestas tropicais. Como utilizamos um enfoque funcional, no primeiro capítulo avaliamos o potencial da utilização de modelos contínuos de probabilidade para descrever um dos importantes aspectos da diversidade funcional: a divergência. Descobrimos que o melhor modelo de probabilidade para descrever o dado de densidade da madeira, dentre os testados, foi de Weibull e que seu parâmetro shape atuou como um importante descritor de tradicionais índices que descrevem a divergência funcional em comunidades florestais. No segundo capítulo avaliamos a convergência funcional e os padrões de divergência da densidade da madeira em resposta ao gradiente de elevação. Não encontramos convergência da densidade da madeira tanto com relação a elevação quanto com relação ao gradiente de inclinação encontrado ao longo do gradiente. O padrão de divergência na escala da comunidade, por outro lado, variou ao longo do gradiente e apresentou relação com a inclinação do terreno e o estágio de clareira - definido aqui como o regime natural de distúrbio local e regeneração subsequente. Encontramos comunidades com menor divergência funcional em áreas mais inclinadas e de estágio avançado de clareira. No terceiro capítulo avaliamos o crescimento em múltiplas escalas ao longo do gradiente de elevação. Testamos a relação entre a densidade da madeira e o crescimento no nível da espécie e encontramos que a relação foi site-específica, em apenas 4 das 13 parcelas permanentes. Investigamos também os determinantes do crescimento no nível da comunidade e encontramos um efeito do padrão de divergência da densidade da madeira sobre o crescimento absoluto e relativo da comunidade. As comunidades com menor divergência funcional da densidade da madeira cresceram menos quando comparada com as comunidades com maior divergência funcional. Por fim, no quarto e último capítulo avaliamos a mortalidade e o recrutamento em múltiplas escalas ao longo do gradiente de elevação. Além disso, avaliamos a influência do turnover ¿ a taxa com que árvores morrem e recrutam em uma comunidade florestal ¿ sobre a mudança líquida da biomassa acima do solo. Encontramos que a densidade da madeira foi um importante descritor da mortalidade no nível individual e de espécie, porém não na escala da comunidade. Nessa escala o estágio de clareira foi um importante descritor da mortalidade, do recrutamento e do turnover. Por fim, as áreas de menor turnover florestal foram às áreas que acumularam mais biomassa líquida acima do solo ao longo do gradiente. As áreas muito inclinadas do gradiente de elevação estão atuando como uma determinadora de nicho de espécies, abrigando comunidades menos dinâmicas e de estágio mais avançado de clareira. Consequentemente, essas comunidades apresentam menores taxas de crescimento, mortalidade e turnover e acumulam mais biomassa líquida acima do solo (AU)

Processo FAPESP: 11/11604-9 - Padrões de dinâmica e produtividade de grupos funcionais de árvores e palmeiras da Floresta Tropical Atlântica ao longo do gradiente altitudinal da Serra do Mar
Beneficiário:Marcos Augusto da Silva Scaranello
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado