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Atividade analgesica e antiulcerogenica de quatro extratos de diferentes polaridades obtidos a partir das cascas de Quassia amara L.

Texto completo
Autor(es):
Walber Toma
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Alba Regina Monteiro Souza Brito; Clélia Akiko Hiruma Lima; Mirtes Costa; Wagner Vilegas
Orientador: Alba Regina Monteiro Souza Brito
Resumo

Quassia amara L. é um arbusto de 2 a 6 metros de altura encontrado na Venezuela, Suriname, Colômbia, Panamá e nas Guianas; no Brasil é cultivada desde a divisa com as Guianas até o estado do Maranhão. As cascas de sua madeira são popularmente utilizadas como antimicrobiana, antianêmica, antimalárica, e no tratamento de problemas do trato gastrointestinal, dentre estes a úlcera gástrica. Análises fitoquímicas de Quassia amara revelaram a existência de numerosos compostos, incluindo alcalóides indólicos e cantinônicos, triterpenos, esteróides e os princípios amargos quassinóides. Considerando-se o uso popular das cascas de Quassia amara e a variedade de compostos químicos destas cascas, avaliamos as atividades analgésica e antiinflamatória de quatro extratos de diferentes polaridades utilizando os modelos da placa quente e edema de pata em camundongos. Nenhum dos extratos administrados por via oral (250 mg/kg), exibiram atividade; entretanto, os extratos diclorometano (DCM) (100 mg/kg) e hexano (HEX) (100, 250 e 500 mg/kg), quando administrados por via i ntraperitoneal , produziram aumento significativo no limiar da dor. HEX, o extrato mais ativo, produziu um aumento dose-dependente da atividade analgésica. A administração prévia do antagonista opióide, naloxana produziu uma reversão desta atividade indicando que HEX pode apresentar princípio(s) ativo(s) do tipo opióide. As substâncias presentes em HEX, com este tipo de atividade, são provavelmente alcalóides e esteróides. A atividade antiulcerogênica destes extratos, todos administrados por via oral na dose de 100 mg/kg, também foi investigada. Os extratos etanólico (EtOH), DCM e HEX diminuíram o índice de lesões ulcerativas em úlceras induzidas por HCI-etanol em camundongos. No modelo de úlcera induzida por indometacina betanecol, DCM e HEX inibiram significativamente as lesões ulcerosas. Na úlcera gástrica induzida por contenção e frio (estresse) em camundongos, todos os extratos investigados inibiram o índice de lesões ulcerativas. Quando os parâmetros da secreção gástrica foram estudados em camundongos submetidos à ligadura do piloro, EtOH, DCM e HEX aumentaram o pH e reduziram o volume e a concentração de íons H+ do conteúdo gástrico. Os mecanismos pelos quais os extratos de Quassia amara exercem atividade antiulcerogênica não foram investigados. Entretanto, é possível que os quassinóides estejam envolvidos no aumento dos mecanismos de defesa da mucosa e/ou mecanismos antisecretórios. De modo geral, os resultados até aqui obtidos justificam a utilização pela medicina popular das cascas de Quassia amara para o tratamento de processos dolorosos e ulcerosos gástricos (AU)

Processo FAPESP: 99/00290-0 - Atividade antiulcerogenica e analgesica do extrato hidroalcoolico e fracoes das folhas de quassia amara l.
Beneficiário:Walber Toma
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado