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Polimorfismos em genes de reparo de DNA por emparelhamento errôneo na farmacogenética da cisplatina associada à radioterapia em portadores de carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço

Texto completo
Autor(es):
Guilherme Augusto da Silva Nogueira
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Carmen Silvia Passos Lima; Carmen Sílvia Bertuzzo; Gilberto Castro Junior
Orientador: Carmen Silvia Passos Lima
Resumo

A cisplatina (CDDP) associada à radioterapia (RT) é utilizada no tratamento de portadores de células escamosas de cabeça e pescoço (CCECP). Já é conhecido que tanto a resposta ao tratamento como seus efeitos colaterais variam de indivíduo para indivíduo. Uma possível explicação para o fato pode ser a variabilidade genética no metabolismo da CDDP. O objetivo deste estudo foi o de verificar se habilidades herdadas no reparo de lesões do DNA, mediadas pelas enzimas MLH1, MSH2, MSH3, e EXO1, alteram os efeitos terapêuticos, colaterais e a concentração de CDDP urinária em pacientes com CCECP. Foram avaliados, de forma prospectiva, 90 pacientes consecutivos com CCECP do Hospital de Clínicas da UNICAMP, que receberam CDDP associada à RT como tratamento neoadjuvante, definitivo ou paliativo da doença. Os genótipos dos polimorfismos MLH1 G-93A, MSH2 IVS1+9G>C, MSH3 Ala1045Thr, EXO1 Pro757Leu e EXO1 Glu589Lys foram analisados por meio da reação em cadeia da polimerase (PCR) e digestão enzimática ou PCR em tempo real em DNA de sangue periférico. A resposta ao tratamento foi avaliada por tomografia computadorizada do pescoço, de acordo com os critérios Response Evaluation Criteria in Solid Tumors 1.1 (RECIST 1.1). Os efeitos colaterais ao tratamento foram graduados por meio de questionário e exames laboratoriais, de acordo com os critérios do National Cancer Institute 4.0. As toxicidades renal e auditiva foram avaliadas por meio do clearance de creatinina estimado, da taxa de filtração glomerular com EDTA-51Cr e de audiometria tonal, respectivamente, medidas antes e após o tratamento. As dosagens urinárias da CDDP foram realizadas por cromatografia líquida de alta eficiência. O significado estatístico das diferenças entre grupos foi calculado pelo teste da probabilidade exata de Fisher ou qui-quadrado e regressão logística múltipla. O genótipo MLH1 GG+GA esteve associado com menor ocorrência de náuseas. O genótipo MSH2 CC esteve associado com melhora da acuidade auditiva e tendência a menor excreção de CDDP na urina. Os genótipos MSH3 AlaAla+AlaThr e AlaAla estiveram associados com maior ototoxicidade e maior nefrotoxicidade, e piora da acuidade auditiva, respectivamente. O genótipo EXO1 ProLeu esteve associado com maior ototoxicidade e piora da acuidade aditiva. Os genótipos EXO1 GluLys+LysLys e LysLys estiveram associados com menor resposta completa, e piora da acuidade auditiva e tendência a nefrotoxicidade, respectivamente. Concluímos que os referidos polimorfismos, relacionados a anormalidades herdadas no reparo de DNA, podem alterar a taxa de resposta, os efeitos colaterais e a eliminação urinária de CDDP em pacientes com CCECP tratados com CDDP e RT. Acreditamos que estes resultados possam contribuir para o tratamento personalizado futuro de pacientes com o tumor (AU)

Processo FAPESP: 12/01418-6 - Polimorfismos MLH1 G-93A, MSH2 IVS1+9G>C, MSH3 Ala1045Thr e EXO1 P757L e EXO1 K589E, de Reparo de DNA por Emparelhamento Errôneo, na Farmacogenética da Cisplatina Associada à Radioterapia em Portadores de Carcinoma de Células Escamosas de Cabeça e Pescoço
Beneficiário:Guilherme Augusto da Silva Nogueira
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado