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Relações entre percepção de fala e ortografia de crianças em ensino fundamental: características fonológicas

Texto completo
Autor(es):
Ana Cândida Schier Martins Lopes
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São José do Rio Preto. 2017-04-17.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Instituto de Biociências Letras e Ciências Exatas. São José do Rio Preto
Data de defesa:
Orientador: Lourenço Chacon Juradio Filho
Resumo

O Grupo de Pesquisa Estudos sobre a Linguagem – GPEL/CNPq reúne linguistas, fonoaudiólogos e educadores para a produção conjunta de estudos sobre a escrita infantil, sobretudo a partir de três aspectos: a segmentação de palavras, a pontuação e a ortografia – especialmente acerca das relações entre aspectos fonológicos e flutuações ortográficas na escrita infantil, nas quais os erros ortográficos – eventos característicos da escrita em aquisição – permitiriam distinguir caminhos ou, mais especificamente, seleções e arranjos feitos pelos aprendizes na tarefa de escrever. Fruto das investigações do GPEL, o presente trabalho objetiva, de maneira geral, relacionar o conhecimento fonológico em nível perceptual-auditivo e o desempenho ortográfico de crianças, com base na identificação de contrastes entre as consoantes do Português Brasileiro. Buscamos, mais especialmente, compreender de que modo a ortografia das crianças manifesta sua intuição e/ou conhecimento dos contrastes fonológicos do Português Brasileiro em ataque silábico para as consoantes. A coleta de dados de percepção auditiva foi feita com o uso do software Perceval, a partir de uma tarefa de identificação (também chamada de tarefa de escolha forçada) com base no Instrumento de Avaliação da Percepção de Fala – PERCEFAL (BERTI, 2011). O experimento é dividido em três subconjuntos: (a) PERCOcl (que avalia a identificação de contrastes fônicos entre oclusivas); (b) PERCFric (que avalia a identificação de contrastes fônicos entre fricativas); e (c) PERCSon (que avalia a identificação de contrastes fônicos entre soantes). Já a coleta de dados de ortografia foi feita por meio de um ditado com apoio em figuras das mesmas palavras que compõem o instrumento PERCEFAL. Como principais resultados, observamos um avanço gradual na acurácia perceptual-auditiva e ortográfica conforme ocorreram os avanços nos anos de escolarização. Observamos, ainda, que aspectos do conhecimento fonológico podem ser apreendidos tanto na percepção auditiva, quanto na ortografia. Destacamos, no entanto, que não se trata de um percurso linear ou de uma correspondência termo a termo entre a aquisição fonológica em nível de percepção auditiva e de ortografia. (AU)

Processo FAPESP: 13/09981-4 - Percepção de fala e ortografia de crianças do ensino fundamental
Beneficiário:Ana Cândida Schier Martins Lopes
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado