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Bioacumulação de As em tilápias (Oreochromis niloticus): fracionamento das espécies de arsênio inorgânico

Texto completo
Autor(es):
Nathalia dos Santos Ferreira
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São José do Rio Preto. 2018-07-31.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Instituto de Biociências Letras e Ciências Exatas. São José do Rio Preto
Data de defesa:
Orientador: Mario Henrique Gonzalez; Andrea Pinto Oliveira
Resumo

Um mercado que está em expansão é o de pescados, devido à busca por alimentos mais saudáveis e por conta do aumento do poder de compra da população. Entretanto, apesar dos inúmeros benefícios à saúde, os pescados podem estar expostos a diversos contaminantes inorgânicos, como é o caso do arsênio (As) que pode desencadear processos de bioacumulação nas espécies aquáticas por meio da cadeia alimentar. A determinação de As em amostras de pescado é de grande interesse analítico devido principalmente ao seu potencial de toxicidade, uma vez que seus efeitos estão intimamente relacionados às suas formas químicas e seus estados de oxidação, sendo que as formas inorgânicas de As (III) e (V) são mais tóxicas que as suas formas orgânicas. O presente trabalho teve como objetivo desenvolver e realizar ensaios de bioacumulação com As (III) e (V) em tilápias do Nilo (Oreochromis niloticus) sob condições controladas em laboratório, a fim de verificar a distribuição de As nos tecidos (fígado, estômago, brânquias e filé) e assim determinar parâmetros toxicocinéticos para avaliar a capacidade de absorção e depuração deste elemento nas tilápias. As determinações de As foram realizadas pela técnica de espectrometria de massas com plasma acoplado indutivamente (ICP-MS) no modo padrão, e a exatidão do método foi confirmada pelas análises dos materiais de referência certificados (NIST 1640a, SRM 1566a, DORM-3 e DOLT-4), com recuperações na faixa de 80 a 110%. As concentrações de arsênio total determinadas nas tilápias expostas ao As (III) e (V) pelos ensaios de bioacumulação variaram entre 0,06 – 8,79 µg g-1 nos fígados, 0,05 – 0,78 µg g-1 nos estômagos, 0,10 – 0,41 µg g-1 nas brânquias e 0,11 – 0,36 µg g-1 nos filés, evidenciando que o fígado e o estômago apresentaram maiores capacidades em absorver e acumular o contaminante. Também foi realizado um estudo de fracionamento de arsênio em tecidos de peixes e frutos do mar para avaliar a distribuição do arsênio nas fases lipídicas e proteicas, uma vez que existe uma correlação positiva entre o acúmulo de contaminantes e o conteúdo lipídico dos tecidos. No entanto, estudos adicionais precisam ser realizados para a otimização das metodologias de extrações lipídicas e proteicas, visto que os tecidos dos ensaios de bioacumulação apresentavam baixa concentração de arsênio, não apresentando as recuperações esperadas. (AU)

Processo FAPESP: 16/05079-2 - Bioacumulação de As em tilápias (Oreochromis nilóticus): fracionamento das espécies de arsênio inorgânico
Beneficiário:Nathalia dos Santos Ferreira
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado