Busca avançada
Ano de início
Entree


As mulheres, os perfumes e as preces: um olhar simbólico sobre a sexualidade no Islã

Texto completo
Autor(es):
Camila Motta Paiva
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Ribeirão Preto.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (PCARP/BC)
Data de defesa:
Membros da banca:
Francirosy Campos Barbosa; Mariana Leal de Barros; Gisele Fonseca Chagas; Manoel Antonio dos Santos
Orientador: Francirosy Campos Barbosa
Resumo

Pesquisar sexualidade na religião é uma tarefa complexa. Por mais que exista uma tentativa de afastar a religião do debate sobre a sexualidade, é fato que há um importante entrelaçamento entre essas duas categorias. Em todas as sociedades definem-se as normas sexuais e delineiam-se quais seriam as transgressões, sendo a religião uma das instâncias de sua regulação. No caso do Islã, por estabelecer um código de conduta a ser seguido em todas as esferas da vida dos muçulmanos e das muçulmanas, inclusive no que diz respeito à vivência da sexualidade, sexo e prazer apresentam algumas especificidades. Para entender quais são as práticas, vivências e sentidos atribuídos à sexualidade neste campo, é preciso antes considerar as prescrições do que é lícito (halal) e ilícito (haram) de acordo com a religião, em seus próprios termos. A partir do diálogo com dez mulheres muçulmanas brasileiras revertidas e da inserção e circulação da pesquisadora em campo islâmico, serão tecidas reflexões sobre a concepção islâmica da sexualidade e suas implicações para o exercício da sexualidade feminina. A análise dos dados está apoiada nos referenciais teóricos advindos tanto da psicanálise como da antropologia. O trabalho apresenta que, apesar das prescrições existentes mesmo dentro da licitude do casamento, a prática sexual no Islã extrapola a finalidade reprodutiva: há um incentivo aos prazeres, colocando a satisfação sexual como um direito de ambos os cônjuges. Por um lado, torna-se crucial relativizar o clichê da mulher muçulmana sexualmente reprimida: diferentemente do que se pensa no senso comum, o sexo do ponto de vista islâmico não é tabu. Por outro lado, é preciso assumir que a sexualidade é uma arena em que o desejo convive e disputa com prazeres e perigos; facilidades e resistências; saberes e poderes (AU)

Processo FAPESP: 15/26295-2 - As mulheres, os perfumes e as preces: um olhar simbólico sobre a sexualidade no Islã
Beneficiário:Camila Motta Paiva
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado