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O papel do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) da via mesolímbica na hiperalgesia persistente

Texto completo
Autor(es):
Lilian Calili Camargo
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Cláudia Herrera Tambeli; Andre Schwambach Vieira; Alexandre Leite Rodrigues de Oliveira; Celina Monteiro da Cruz Lotufo; Luana Fischer
Orientador: César Renato Sartori; Cláudia Herrera Tambeli
Resumo

Estudos epidemiológicos revelam uma frequente co-morbidade entre dor crônica e depressão. O tratamento de ambas as condições ainda é um grande desafio para a ciência, e denota a necessidade de maior compreensão dos mecanismos de neuroplasticidade central, subjacentes ao desenvolvimento de tais estados. Tem sido demonstrado que o Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro (BDNF), promotor de plasticidade neuronal, participa da modulação da dor e da etiologia da depressão. No entanto, não se sabe se esta neutrofina, no Núcleo Accumbens (NAc), através do receptor de proteína Tirosina Quinase B (TrkB), está envolvida no processo de cronificação da dor, e se esta cronificação estaria associada à depressão. Uma vez que, a Área Tegmental Ventral (VTA) é a principal fonte de BDNF do NAc, e que o Ativador de Plasminogênio tecidual (tPA) é uma protease envolvida na síntese da isoforma madura de BDNF, a partir da isoforma precursora, foi investigado o papel do BDNF do NAc no desenvolvimento da hiperalgesia persistente e se essa hipersensibilização afeta a expressão gênica de BDNF e de tPA na VTA e os níveis das isoformas precursora, truncada e madura do BDNF no NAc. Foi verificado também se o tratamento com PGE2 desenvolve comportamento do tipo depressivo nos animais sensibilizados. Para responder a estas perguntas, foi utilizado um modelo animal de desenvolvimento de hiperalgesia persistente em que a administração diária de Prostaglandina E2 (PGE2) na pata do rato, ao longo de 14 dias, induz um estado de sensibilização do nociceptor que dura mais de um mês. Nossos dados demonstraram que a infusão intra-NAc do antagonista selectivo de TrkB (K252a), durante os primeiros sete dias de tratamento com PGE2, impediu o desenvolvimento de hiperalgesia persistente. Além disso, a hiperalgesia persistente, não induziu comportamento depressivo nos animais, mas, durante as suas fases de indução (14 dias de administração de PGE2) e de manutenção (14 dias após o término do tratamento com PGE2), aumentou significativamente a expressão gênica do BDNF e de tPA na VTA, mas não os níveis das isoformas do BDNF no NAc. Estes resultados sugerem que o BDNF no NAc desempenha um papel crucial no desenvolvimento da hiperalgesia persistente, e assim sendo, da cronificação da dor (AU)

Processo FAPESP: 12/11371-7 - Participação da hiperalgesia inflamatória persistente no desenvolvimento da depressão e na expressão do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF, na área tegmental ventral e no núcleo accubems de ratos
Beneficiário:Lilian Calili Camargo
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado