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Avaliação de propriedades in vitro e in vivo de scaffolds de PLGA incorporados com óleo-resina de copaíba preparados por eletrofiação

Texto completo
Autor(es):
Ana Luiza Garcia Millás
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Engenharia Química
Data de defesa:
Membros da banca:
Edison Bittencourt; Ivan Hong Jun Koh; Ana Maria Alvim Liberatore; Maria Jose Vieira Fonseca; Angela Maria Moraes
Orientador: Edison Bittencourt
Resumo

O desenvolvimento de substitutos de tecidos para o tratamento de lesões é um desafio para a medicina regenerativa e para a engenharia de tecidos. Tem crescido a demanda por alternativas terapêuticas, bem como a análise da eficácia e segurança quanto ao estímulo à cicatrização. Utilizando a técnica de electrospinning, esta tese se concentra no desenvolvimento de um scaffold fibroso, com diâmetros uniformes e porosidade adequados ao crescimento celular tridimensional, visando à futura aplicação como substituto dérmico que auxilie na cicatrização e remodelação de tecidos danificados ou perdidos, e, que seja ainda, assimilado pelo organismo ao longo do processo de reparo tecidual. As matrizes fibrosas foram produzidas a partir de soluções do polímero poli(ácido láctico-co-glicólico) PLGA 50:50, biorreabsorvível e aprovado pela agência reguladora FDA, dissolvido em 1,1,1,3,3,3-hexafluoro-2-propanol (HFIP). Aos scaffolds foi incorporado o óleo-resina de copaíba da espécie Copaifera langsdorffii, um fitoterápico de origem amazônica com comprovadas propriedades terapêuticas, antiinflamatória, de analgesia e antimicrobiana. Foi realizada uma análise comparativa entre os scaffolds de PLGA sem óleo e com o óleo-resina de copaíba e investigadas as interações scaffolds/células, em ensaios in vitro, e scaffolds/tecidos em ensaios in vivo com modelo animal. Os experimentos in vitro evidenciaram a citocompatibilidade dos scaffolds sem o óleo e citotoxicidade dos scaffolds com o óleo-resina de copaíba. Nos scaffolds sem o óleo-resina foi comprovada a presença de colágeno Tipo I e Tipo III produzidos pelos fibroblastos cultivados, o que torna esse material um potencial substituto dérmico celular. As análises histopatológicas dos testes in vivo indicaram que o tecido dos ratos reagiu positivamente aos dois scaffolds, além de biocompatíveis, o material se biointegrou aos tecidos subcutâneo e intramuscular dos animais, e um novo tecido se formou no interior dos implantes. Nos scaffolds com óleo-resina de copaíba foi observada intensa angiogênese. Nos ensaios in vivo não foram observadas respostas inflamatórias crônicas, necrose, calcificação, tumorogênese ou qualquer tipo de infecção. Portanto, conclui-se que: 1) os testes in vitro isoladamente não serviram para investigar a ação do óleo-resina de copaíba; 2) a estrutura tridimensional e porosa dos scaffolds são propriedades essenciais à biocompatibilidade e à biointegração in vivo dos scaffolds; 3) o óleo-resina de copaíba promove a angiogênese; 4) as matrizes fibrosas desenvolvidas têm potencial para futura aplicação como substituto celular de tecidos (AU)

Processo FAPESP: 12/09110-0 - Desenvolvimento de scaffolds bioativos incorporados com óleos vegetais para regeneração de tecido cutâneo a partir da tecnologia de eletrofiação
Beneficiário:Ana Luíza Garcia Millás Massaguer
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado