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Proteína CLK2 (Cdc-2-like kinase 2) no hipotálamo é importante para a manutenção da homeostase energética

Texto completo
Autor(es):
Paula Gabriele Fernandes Quaresma
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Patrícia de Oliveira Prada; Licio Augusto Velloso; Gabriel Forato Anhê; Renata Frazão; Silvana Bordin
Orientador: Patrícia de Oliveira Prada
Resumo

A obesidade tem alta prevalência mundial, é caracterizada pelo acúmulo de tecido adiposo que afeta negativamente a saúde de um indivíduo. Os hormônios insulina e leptina agem no hipotálamo e, a partir de sua sinalização intracelular, são capazes de modificar a expressão de neuropeptídios, levando ao equilíbrio entre ingestão alimentar e gasto energético. A Cdc2-like kinase 2 (CLK2) é uma quinase descrita no fígado e tecido adiposo marrom (BAT) que responde à insulina e pode regular a gliconeogênese no fígado e a termogênese no BAT. Animais submetidos cronicamente à dieta hiperlipídica apresentam deficiência na regulação de CLK2 nesses tecidos. Sendo assim, os objetivos do presente estudo são avaliar a expressão e regulação da proteína quinase CLK2 no hipotálamo em resposta a insulina e leptina e seu possível papel no controle do metabolismo energético. Nossos resultados demonstraram com ineditismo que a CLK2 é expressa em neurônios hipotalâmicos; sua fosforilação no sítio treonina 343, correspondente a sua maior atividade, foi aumentada pela realimentação precedida de jejum prolongado e pelos hormônios insulina e leptina injetados agudamente por via intracerebroventricular. Essa resposta foi dependente de PI3K e AKT. A fosforilação em treonina 343 da CLK2, em resposta a insulina e leptina, foi reduzida no hipotálamo de animais com obesidade induzida por dieta hiperlipídica e nos modelos de obesidade dbdb, que possuem deficiência do receptor de leptina. A inibição farmacológica e também a deleção da expressão da CLK2 no hipotálamo induziu obesidade, pelo menos em parte, devido a hiperfagia e pela diminuição do gasto energético. Por outro lado, a super expressão de CLK2 no hipotálamo de animais obesos, acarretou em diminuição da massa corporal e adiposa, da ingestão alimentar e aumentou o gasto energético. Os dados deste trabalho sugerem que a CLK2 integra a sinalização de insulina e leptina do hipotálamo contribuindo para o controle da homeostase energética, sendo uma molécula promissora como alvo terapêutico da obesidade (AU)

Processo FAPESP: 12/10058-3 - ESTUDO DA REGULAÇÃO DA PROTEÍNA Clk2 EM HIPOTÁLAMO DE CAMUNDONGOS OBESOS
Beneficiário:Paula Gabriele Fernandes Quaresma Bergonsi
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado