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Contra-invenciones indígenas: antropologías, políticas y culturas en comparación desde los movimientos Nahua (Jalisco, México) y Tupinambá (Bahía, Brasil) = Contra-invenções indígenas: antropologias, políticas e culturas em comparação desde os movimentos Nahua (Jalisco, México) e Tupinambá (Bahia, Brasil)

Texto completo
Autor(es):
Ernenek Mejía
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Data de defesa:
Membros da banca:
Emília Pietrafesa de Godoi; Carolina Cantarino Rodrigues; Mauro William Barbosa de Almeida; Salvador Andrés Schavelzon; Spensy Pimentel
Orientador: Emília Pietrafesa de Godoi
Resumo

Esta pesquisa é uma comparação que relaciona os desdobramentos mútuos entre o movimento indígena dos Tupinambá de Olivença, no sul da Bahia, Brasil, e o dos Nahuas de Ayotitlán, no sul de Jalisco, México. Em ambos os casos tratam-se de lutas pelo reconhecimento de direitos e pela sua reconstituição como povos indígenas, demandas que, no entanto, são questionadas pelas populações vizinhas, os governos e pelos especialistas que os consideram indígenas aculturados ou misturados. Esta situação tem levado aos agentes das políticas das diferenças à montagens (teóricas e práticas) para explicar porque estes indígenas, supostamente exíguos, teriam "decidido assumir uma identidade indígena". Do mesmo modo, estes movimentos têm produzido amplos repertórios (teóricos e práticos) para responder aos questionamentos de sua suposta e escassa indianidade. Um confronto que torna óbvio relações assimétricas e de colonialidade na disputa pela definição e o sentido do que é o indígena. No meio desse conflito, marcado por invenções e contra-invenções criativas, estes movimentos indígenas também tem tornado óbvio a elaboração de categorias e de práticas que contestam as questões levantadas sobre eles pelas diversas teorias que se deparam com esse "tipo de fenômenos", mostrando ao interior da produção do saber antropológico e sobre o outro, importantes questões éticas, metodológicas, epistemológicas, políticas e teóricas. Esta pesquisa de doutorado se deparou com esse conjunto de relações, questões e dilemas, problematizando quatro pontos: o primeiro, refletir sobre a relação entre as práticas indígenas e as da antropologia na produção das categorias em disputa que definem os âmbitos destes dois conflitos; o segundo, documentar a produção no entramado desses movimentos das definições de alteridade e mesmidade como parte de uma produção relacionada entre invenções e contra-invenções práticas e categorias; o terceiro, fazer uma nova leitura possível, desde o ponto de vista dos indígenas, de suas lutas e dos problemas postos a eles pelas políticas da diferença com o fim de se adentrar nesses entramados históricos, por fora dos enquadramentos e supostos dados que são designados a eles ao considerá-los "indígenas exíguos"; e finalmente, desenvolver um trabalho autorreflexivo dos encontros e desencontros que foram se construindo ao longo das relações, dentro e fora da pesquisa, com o fim de tornar óbvio o trabalho e a prática antropológica tanto na produção destes conflitos, como na extensão e coprodução das questões que eles fazem aos mundos que compartilhamos (AU)

Processo FAPESP: 12/24421-2 - Produzindo o Índio: Uma etnografia da categoria indígena a partir dos pontos de vista Nahua e Tupinambá
Beneficiário:Amiel Ernenek Mejía Lara
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado