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Antiparasitários em solos brasileiros: estudo de sorção, dessorção e dissipação

Texto completo
Autor(es):
Fabricio de Oliveira Ferreira
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Química
Data de defesa:
Membros da banca:
Susanne Rath; Álvaro José dos Santos Neto; Mary Rosa Rodrigues de Marchi; Isabel Cristina Sales Fontes Jardim; Márcia Cristina Breitkreitz
Orientador: Susanne Rath
Resumo

As avermectinas e as milbemicinas são antiparasitários amplamente usadas como insumos farmacêuticos ativos na medicina veterinária, assim como em formulações de agrotóxicos para o controle de pragas na agricultura. Embora a utilização destes insumos acarrete em benefícios ao agronegócio, os mesmos podem impactar o ambiente, visto que uma grande parte destas substâncias pode chegar ao solo e águas, por meio das excretas dos animais tratados e através da aplicação direta nas lavouras. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o comportamento da eprinomectina, doramectina e moxidectina em três tipos de solos do Estado de São Paulo, por meio da realização de estudos de sorção, dessorção e dissipação aeróbia, conforme as orientações dos Guias 106 e 307 da OECD. Os parâmetros cinéticos de sorção dos fármacos nos solos entre os tempos de 0 e 48 horas foram avaliados e os parâmetros termodinâmicos de sorção e dessorção foram obtidos pela construção das isotermas ajustadas ao modelo de Freundlich. Os estudos indicaram alta afinidade dos fármacos aos solos, com coeficientes de sorção e dessorção de Freundlich entre 14 e 424 µg g-1 mL1/n µg-1/n e entre 31 e 565 µg g-1 mL1/n µg-1/n, respectivamente, indicando baixa mobilidade destes nos solos avaliados e fraca tendência à lixiviação (GUS entre -1,10 e 0,08). A dissipação dos fármacos nos solos foi avaliada em câmara de estabilidade a 22 °C e 71% de umidade relativa, na ausência de luz. Os valores de DT50 foram de 9 a 16 dias. Também foi desenvolvido e validado um método analítico utilizando um sistema de extração em fase sólida on-line à cromatografia líquida de ultra-alta eficiência acoplada à espectrometria de massas sequencial (SPE-UHPLC-MS/MS) para a determinação de eprinomectina, abamectina, doramectina, ivermectina e moxidectina em solos. O método apresentou faixa linear para os fármacos de 0,5 a 10 ng g-1, com linearidade maior que 0,99 e limite de quantificação menor do que 0,2 ng g-1. O método foi aplicado em um estudo de dissipação da abamectina em campo, após aplicação em uma cultura de laranja (AU)

Processo FAPESP: 13/25670-9 - Antiparasitários em solos brasileiros: estudo de sorção, dessorção e degradação
Beneficiário:Fabricio de Oliveira Ferreira
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado