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Em meio a cartas e bibliotecas: a presença de romances no Brasil e na Rússia no século XIX

Texto completo
Autor(es):
Larissa de Assumpção
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Estudos da Linguagem
Data de defesa:
Membros da banca:
Márcia Abreu; Bruno Barreto Gomide; Jefferson Cano
Orientador: Márcia Abreu
Resumo

Esta dissertação tem por objetivo analisar a presença de romances na biblioteca imperial do Brasil e da Rússia e em documentos pessoais deixados por membros da família imperial brasileira e russa entre 1855 e 1917. Por meio dessa análise, buscou-se compreender se as obras ficcionais, raramente associadas à nobreza pela historiografia, faziam parte do seu cotidiano e eram lidas por membros da aristocracia, bem como quais eram as opiniões que eles tinham sobre esses livros. Outro ponto investigado pela pesquisa se refere à circulação de romances entre Brasil e Rússia, países distantes geograficamente e diferentes culturalmente. Por meio da pesquisa em catálogos de bibliotecas públicas, foram analisadas as semelhanças e diferenças entre os títulos e autores presentes nesses dois locais. Para investigar essas questões, foram utilizados como fonte a lista de obras ficcionais pertencentes à Coleção Teresa Cristina da Fundação Biblioteca Nacional, os catálogos do Gabinete Português de Leitura (1906) e da Biblioteca Pública da Rússia (1901 e 1903), documentos, cartas e diários deixados pela família do imperador Pedro II, que atualmente fazem parte do acervo do Museu Imperial de Petrópolis e cartas e diários da família do imperador Nicolau II, e que hoje pertencem ao museu do Palácio de Alexandre. Ao final da pesquisa, concluiu-se que tanto a nobreza do Brasil quanto a da Rússia possuíam romances em suas bibliotecas pessoais, e que menções a obras desse gênero eram comuns em cartas escritas por membros da família do imperador Pedro II, do Brasil, e Nicolau II, da Rússia. As opiniões emitidas sobre esses livros eram geralmente positivas, e sua leitura era associada a momentos de lazer e compartilhada com familiares e amigos próximos. Além disso, foram encontradas diversas semelhanças entre os títulos e autores mais presentes Gabinete Português de Leitura, na biblioteca de Odessa e nas duas bibliotecas imperiais, o que é um indício de que Brasil e Rússia faziam parte de um mesmo contexto de circulação internacional de impressos (AU)

Processo FAPESP: 16/06129-3 - A realeza lê romances: presença de obras ficcionais na biblioteca imperial e em documentos pessoais da família imperial brasileira
Beneficiário:Larissa de Assumpção
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado