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Caracterização dos padrões macroevolutivos do tamanho corporal em Testudinata

Texto completo
Autor(es):
Bruna de Mattos Farina
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Ribeirão Preto.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (PCARP/BC)
Data de defesa:
Membros da banca:
Max Cardoso Langer; Alexandre Liparini Campos; Melissa Bars Closel; Juliana Sterli
Orientador: Max Cardoso Langer
Resumo

Organismos, sejam eles vertebrados ou invertebrados, apresentam uma grande variedade de tamanhos e formas. A explicação para isso, entretanto, sempre foi conturbada, e diversas hipóteses, incluindo tanto tendências intrínsecas, quanto extrínsecas (e.g., termorregulação), foram propostas para explicar tais variações. Nesse contexto, os Testudinata apresentam grande disparidade de tamanhos corpóreos, especialmente se levado em conta o seu rico registro fóssil. No presente trabalho, foi explorada a evolução do tamanho corpóreo no grupo, analisando fatores relacionados aos padrões encontrados e a possível presença de tendências evolutivas (e.g., Lei de Cope). Para tal, duas superárvores foram construídas e calibradas no tempo geológico, baseadas em duas hipóteses filogenéticas independentes, e foram coletados dados de tamanho corpóreo, bem como outras informações como habitat e idade de cada táxon. Para a análise dos dados, foram realizadas regressão linear entre paleotemperatura e tamanho corpóreo, reconstrução de estados ancestrais, ajuste a diferentes modelos evolutivos, além da análise dos dados de tamanho ao longo do tempo. Os resultados obtidos indicam que não há um padrão geral que explique o tamanho das tartarugas ao longo do tempo; pelo contrário, tartarugas de diferentes hábitos ecológicos e diferentes linhagens apresentam padrões diferentes de variação de tamanho. Enquanto tartarugas de água doce apresentam pouca variação de disparidade ao longo tempo, possivelmente relacionada com os diferentes fatores ambientais característicos dos mais variados ambientes dulcícolas, tartarugas terrestres e marinhas apresentam grande variação, sendo o tamanho das terrestres possivelmente relacionado com certas condições ambientais e colonização de ilhas, e o das marinhas com adaptações para o ambiente pelágico, o que possibilitou maior dispersão do grupo. Mesmo tendo sido observada uma possível tendência de aumento ou diminuição de tamanho em certas linhagens, isso não foi confirmado pelos modelos evolutivos ajustados. (AU)

Processo FAPESP: 18/10276-7 - Caracterização dos padrões macroevolutivos do tamanho corporal em Testudinata
Beneficiário:Bruna de Mattos Farina
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado