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Avaliação da ativação do inflamassoma no contexto da infecção por HPV e do câncer cervical associado ao HPV

Texto completo
Autor(es):
Fernanda Pereira Fernandes
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina (FM/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Alessandra Pontillo; Mariane Tami Amano; Maria Notomi Sato; Lara Termini
Orientador: Alessandra Pontillo
Resumo

Introdução: A contribuição do inflammasoma e das suas citocinas (IL-1beta, IL-18) na infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) e no Câncer Cervical(CC) associado ao HPV (HPV-CC) não esta ainda totalmente esclarecida. A infecção in vitro do HPV leva a inibição da produção de IL-1beta em queratinocitos primários. Por outro lado, estudos de associação genética e da produção de IL-1beta e/ou IL-18 mostram uma correlação positiva com à progressão do CC. A partir dos dados obtidos em um estudo de associação genética em uma coorte de mulheres com HPV-CC que apontava para IL- 1beta como fator de risco para o desenvolvimento do CC, propomos aqui aprofundar este achado. Objetivo: Investigar a contribuição do inflamassoma no microambiente tumoral do HPV-CC. Materiais e métodos: Um estudo de associação genética para as variantes do inflamassoma foi replicado em uma nova coorte de 107 mulheres com HPV-CC utilizando sondas alelo-espcificas e qPCR. Uma análise de expressão gênica foi realizada utilizando dados de tecido de cérvix uterino tumoral e normal procedentes de bancos públicos (TCGA, GTEX). Linhagens celulares de tumor cervical (C33-A, SiHa e HeLa) e monócitos derivados de sangue periférico de 39 doadores saudáveis foram cultivados isoladamente e em conjunto (ensaio de co-cultivo). A ativação do inflamassoma foi avaliada de modo indireto através da produção de IL-1beta e IL-18 medida no sobrenadante de cultura por ELISA. Inibidores específicos do inflamassoma foram utilizados em alguns ensaios. Resultados: A análise genética demonstrou mais uma vez a associação entre a variante rs16944 (que leva a aumento de IL-1beta) assim como uma maior expressão do gene IL1B e um maior risco de desenvolver HPV-CC e de um pior prognostico, respectivamente. Os dados obtidos nos ensaios de co-cultivo revelaram que, apenas no modelo de cultivo das linhagens celulares de CC em esferoides (não em monocamada), as células tumorais não produzem IL-1beta, mas induzem a ativação do inflamassoma e a liberação de IL-1beta em monócitos. Esta ativação é pelo menos parcialmente dependente do receptor do inflamassoma NLRP3. Conclusão: Pela primeira vez, ao nosso conhecimento, demonstramos que o aumento de IL-1beta observado na progressão do CC, é possivelmente devido a indução da ativação do NLRP3 inflamassoma das células tumorais nos monócitos do microambiente. Portanto, tanto NLRP3 quanto IL-1beta podem ser considerados como possíveis alvos para novas abordagens terapêuticas (AU)

Processo FAPESP: 18/04361-1 - Avaliação da ativação do inflamassoma no contexto da infecção por HPV e do câncer cervical associado ao HPV
Beneficiário:Fernanda Pereira Fernandes
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado