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Implicações da nutrição de ovelhas gestantes sobre as miofibras e parâmetros sanguíneos da progênie

Texto completo
Autor(es):
Giuliana Micai de Oliveira
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Piracicaba.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALA/BC)
Data de defesa:
Membros da banca:
Eduardo Francisquine Delgado; Eduardo Harry Birgel Junior; Sarita Bonagurio Gallo
Orientador: Eduardo Francisquine Delgado
Resumo

O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito de diferentes níveis de energia, bem como diferentes fontes de energia na dieta da ovelha durante a gestação e seu impacto no crescimento e metabolismo dos cordeiros. Setenta e duas ovelhas foram utilizadas e distribuídas aleatoriamente em 5 tratamentos experimentais diferentes: dieta (CTL) com 100% da energia recomendada pelo NRC (2007), dieta de baixa energia (BE) com 90% da energia recomendada, ou ainda dietas de alta energia (AE) com 110% do nível de energia recomendado. As dietas AE eram compostas de três fontes energéticas diferentes: amido (AEA), amido com propionato de cromo (AEAC) ou amido com gordura protegida (AEAG). Essas dietas foram aplicadas no começo e no final da gestação, e durante a lactação. Para avaliar as consequências dessa nutrição na progênie, na primeira etapa (fase lactente) do trabalho o peso dos cordeiros foi avaliado do nascimento aos 60 dias, e foram coletadas amostras de sangue para parâmetros bioquímicos e hemograma desses cordeiros (machos e fêmeas) aos 60 dias. Na segunda etapa (fase ruminante) os cordeiros machos foram desmamados com 90 ± 15 dias e colocados em confinamento, onde permaneceram por 60 dias recebendo a mesma dieta. O peso dos cordeiros foi avaliado a cada 14 dias, e amostras sanguíneas foram coletadas para parâmetros bioquímicos e hemograma antes do abate. Após o abate foram avaliados parâmetros da carcaça e de qualidade de carne. Como resultados da fase lactente, cordeiros provenientes de uma dieta AE, independente da fonte, foram mais pesados e tiveram maior ganho de peso (P < 0.05). Cordeiros de gestação simples se destacaram quanto ao peso e ganho de peso (P < 0.05), bem como apresentaram maior concentração sanguínea de creatinina, proteína, albumina e globulina do que os cordeiros gêmeos, independete da nutrição materna (P < 0.05). Cordeiros de dieta materna AEA, se destacaram quanto ao valor de creatinina (P < 0.05), que é usado como indicador de acúmulo de massa muscular. Na fase ruminante em confinamento, cordeiros de dieta materna AEA e de uma gestação gemelar apresentaram uma maior concentração para glicose (P < 0.05), já os que vieram da dieta materna BE apresentaram maior concentração de ureia (P < 0.05). O peso inicial e final do confinamento, bem como o peso da carcaça quente e fria foram maiores para cordeiros de dietas maternas AEAC e AEAG e aqueles de gestação simples (P < 0.05). O rendimento de carcaça foi maior para cordeiros de uma materna CTL (P < 0.05). Com exceção das perdas por descongelamento, que foi menor para cordeiros de BE, e perdas por cocção, que foi maior para cordeiros de dieta materna AEAG (P < 0.05), nenhum parâmetro de qualidade de carne foi afetado. Os resultados mostram impactos da alteração na nutrição durante a prenhês e lactação, sobre parâmetros de produção e fisiológicos associados à saúde da progênie. Fontes alternativas de energia ou suplementos em dieta materna de alta energia, como o cromo, tem potencial para melhorar a produção. (AU)

Processo FAPESP: 18/01780-3 - Implicações da nutrição de ovelhas gestantes sobre as miofibrilas e parâmetros sanguíneos da progênie
Beneficiário:Giuliana Micai de Oliveira
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado