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Novas formas urbanas e olhar através da demografia: a estruturação da cidade-região paulista

Texto completo
Autor(es):
Késia Anastácio Alves da Silva
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Data de defesa:
Membros da banca:
Jose Marcos Pinto da Cunha; Sandra Lencioni; Jose Irineu Rangel Rigotti; Rosana Aparecida Baeninger; Adriana Maria Bernardes da Silva
Orientador: Jose Marcos Pinto da Cunha
Resumo

Este trabalho tem por objetivo compreender não apenas os reflexos que a formação de novas morfologias urbanas tem sobre o processo de redistribuição espacial da população, mas, também, como a dinâmica populacional e, especificamente a mobilidade espacial da população, podem evidenciar novas formas de organização territorial. Neste contexto, analisouse a formação da Cidade-Região de São Paulo a luz dos movimentos populacionais em três períodos, através dos dados dos Censos Demográficos de 1991, 2000 e 2010. As cidadesregiões neste estudo se relacionam ao novo estágio de acumulação do capital, a nova divisão territorial do trabalho e a processos como a chamada reestruturação produtiva. Esta nova forma urbana é caracterizada pela desmedida extensão territorial, por ter limites territoriais difusos e por aglutinar, através de um espaço de fluxos, diversos outros aglomerados, cidades de diferentes funções e portes populacionais. A Cidade-Região de São Paulo engloba 173 municípios que estão distribuídos em cinco regiões metropolitanas, dois aglomerados urbanos e uma microrregião. Portanto, a integração desta morfologia que é urbano-regional por natureza, foi analisada através dos fluxos populacionais, em especial a migração e a mobilidade pendular. Através das características daqueles que circulam nesta nova territorialidade, foram analisadas as estruturas que conformam as diversas escalas socioespaciais que compõem a cidade-região (principalmente as escalas intrametropolitana e intra-regional), assim como a estrutura de incentivos e constrangimentos que faz com que cada indivíduo se desloque ou não em cada uma destas escalas. Os resultados evidenciaram que o processo de redistribuição espacial da população, com epicentro na Região Metropolitana de São Paulo, em direção aos aglomerados localizados a um raio de 150km desta metrópole, ainda se faz presente e intenso. Observou-se que a integração entre os aglomerados urbanos que conformam esta morfologia através dos fluxos populacionais, em especial através dos movimentos pendulares, vem crescendo ano a ano, o que demonstra que a cidade-região ainda é uma realidade em construção. A caracterização dos indivíduos que circulam nesta nova forma urbana e em cada uma de suas escalas socioespaciais, mostrou que aqueles que realizam os movimentos intra-regionais são mais envelhecidos, escolarizados, inserem-se em setores especiais da economia e possuem ocupações mais altas do que aqueles que se deslocam no espaço intrametropolitano, fato que suscitou quais poderiam ser a estrutura de incentivos e constrangimentos que prepondera em cada uma destas escalas socioespaciais (AU)

Processo FAPESP: 14/04566-1 - A Dimensão Demográfica no Processo de Metropolização: O caso da macrometrópole paulista
Beneficiário:Késia Anastácio Alves da Silva
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado