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Prevalência, fatores associados e terapias comportamentais para o bruxismo de vigília

Texto completo
Autor(es):
Mariana Barbosa Câmara Souza
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Piracicaba, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Odontologia de Piracicaba
Data de defesa:
Membros da banca:
Renata Cunha Matheus Rodrigues Garcia; Erika Oliveira de Almeida; Giancarlo Canales De La Torre; Larissa Soares Reis Vilanova; Raissa Micaella Marcello Machado
Orientador: Renata Cunha Matheus Rodrigues Garcia
Resumo

Os trabalhos apresentados nesta tese tiveram como objetivo (1) avaliar a frequência de bruxismo de vigília (BV) em jovens pré-universitários; (2) avaliar a frequência de BV em pacientes com disfunção temporomandibular (DTM); (3) analisar o efeito de terapias comportamentais, como o Biofeedback (BFB) e Intervenção Momentânea Ecológica (IME) sobre o BV, dor orofacial e fatores biopsicossociais; e (4) verificar a prevalência de BV e DTM, sua associação com fatores psicossociais e qualidade de vida (QV), assim como as perspectivas acadêmicas de estudantes de Odontologia considerando a pandemia do COVID-19. Para responder ao objetivo 1, 69 estudantes pré-universitários utilizaram o aplicativo Bruxapp® durante 7 dias para mensurar a frequência de BV. Questionários sobre ansiedade e depressão (Hospital Anxiety and Depression Scale–HADS), estresse (Perceived Stress Scale–PSS), QV relacionada à saúde bucal (OHIP-14), e comportamentos orais (Oral Behaviors Checklist–OBC) foram utilizados. Para o objetivo 2, 60 voluntários foram selecionados, 30 com DTM e 30 sem DTM, e o BV foi avaliado pelo aplicativo Bruxapp®. Para o objetivo 3, 90 pacientes com dor orofacial e BV foram divididos em três grupos: BFB, IME, e Controle (sem intervenção). O BV foi mensurado por eletromiografia em atividades específicas, e a dor por autorrelato e limiar de dor à pressão. Ainda, foi utilizado o HADS, PSS, e o WHOQOL-bref, sendo este último para avaliar a QV. As avaliações foram realizadas antes, 30 e 90 dias após as terapias. Ademais, para o objetivo 4, 268 estudantes do último ano de Odontologia responderam questionários online sobre BV, DTM, o HADS, PSS, e WHOQOL-bref, além de perguntas estruturadas sobre as perspectivas acadêmicas. Para todos os objetivos foram utilizados testes estatísticos adequados, considerando ?=0,05. A frequência média de BV em estudantes pré-universitários (objetivo 1) foi 38,4%, sendo o BV significativamente correlacionado com o OBC, ansiedade, depressão, estresse e OHIP-14 (todos P<0,001). A frequência média de BV em pacientes com DTM (objetivo 2) foi 51,7%, diferindo de participantes sem DTM (P=0,040). Considerando o efeito das terapias sobre o BV (objetivo 3), BFB e IME reduziram o número de episódios de BV, com IME apresentando maiores reduções em 90 dias. Fatores psicológicos e a qualidade de vida tiveram efeito de tempo significativo (P<0,05), sem diferença estatística entre os três grupos. Os grupos BFB e IME apresentaram escores mais baixos para dor autorreferida (P<0,05), e o limiar de dor à pressão destes grupos aumentou após 30 dias das intervenções. Além disso, no contexto da pandemia do COVID-19 (objetivo 4), BV e DTM foram reportados por 54,8% e 64,2% dos participantes, respectivamente, sendo associados a pior QV. Ainda, medo do COVID-19 teve associação significativa com ansiedade e estresse, e com aspectos relacionados às perspectivas acadêmicas. Assim, pudemos observar que estudantes pré-universitários apresentaram frequência moderada de BV, sendo esse comportamento correlacionado com fatores psicossociais, e que esta frequência é significativamente maior em pacientes com DTM. As terapias BFB e IME reduziram o BV, influenciando positivamente na QV dos participantes. Outrossim, a pandemia do COVID-19 gerou incertezas para estudantes de Odontologia, os quais reportaram BV e DTM, elevados níveis de ansiedade, depressão e estresse. (AU)

Processo FAPESP: 17/23429-3 - Influência das terapias comportamentais sobre o bruxismo de vigília, fatores biopsicossociais e níveis de dor orofacial: ensaio clínico randomizado controlado
Beneficiário:Mariana Barbosa Câmara de Souza
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado