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O papel da clusterina/ApoJ na superfície ocular em modelos experimentais de obesidade: implicações de diferentes protocolos de treinamento físico = The role of clusterin/ApoJ on the ocular surface in experimental models of obesity : implications of different physical training protocols

Texto completo
Autor(es):
Thais Dantis Pereira de Campos
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Limeira, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Aplicadas
Data de defesa:
Membros da banca:
Leandro Pereira de Moura; Igor Luchini Baptista; Carlos Kiyoshi Katashima; Bruno Rodrigues
Orientador: Leandro Pereira de Moura
Resumo

A obesidade pode ser considerada um fenômeno clínico e epidemiológico da atualidade. Nesse sentido, fatores como hábitos alimentares e o estilo de vida sedentário, desempenham um papel relevante na patogênese dessa doença. A obesidade é uma doença multifatorial, crônica e não transmissível, definida pelo acúmulo de tecido adiposo que comumente está associado a inflamação sistêmica. Este quadro está atrelado a prejuízos à saúde e vem aumentando sua incidência em âmbito mundial. Esta desordem, tem sido correlacionada como responsável pelo surgimento de diversas doenças oculares e consequentemente aos danos na acuidade visual. Mais especificamente, o risco cardiometabólico, devido a progressão do perfil pró-inflamatório, parece estar associado às disfunções da glândula lacrimal, implicando no desenvolvimento e agravamento da Cerato-Conjuntivite Sicca ou popularmente conhecida como doença do olho seco. Em casos mais graves e extremos, a condição de obesidade e inflamação podem desencadear severos prejuízos à visão. Neste cenário, além de suas inúmeras funções metabólicas, a clusterina tem sido descrita como protetora da superfície ocular por um mecanismo de vedação, que auxilia na sobrevivência celular. Por outro lado, é sabido que o exercício físico pode atuar como uma importante ferramenta não farmacológica no combate à inflamação e obesidade. Entretanto, ainda nenhum estudo investigou se a prática regular de exercícios físicos e diferentes protocolos podem modular a via de sinalização da clusterina na retina e então poder promover uma melhora na acuidade visual. Assim sendo, o presente estudo tem como objetivo elucidar o papel de diferentes protocolos de exercícios físicos (combinado e força) nos níveis de clusterina e de proteínas pró e anti-inflamatórias na retina de camundongos obesos. Através da bioinformática, observamos uma importante expressão de clusterina e LRP2 em tecidos humanos e de camundongos, além da interação com genes muito expressos na retina, como a rodopsina. Nesse sentido, após o treinamento combinado de curta duração, constatamos que o exercício foi capaz melhorar a sensibilidade à insulina do grupo exercitado quando comprado ao obeso sedentário, bem como o perfil inflamatório. Já o treinamento de força de curta duração, foi capaz de promover o aumento na expressão gênica de proteínas anti-infamatórias e o aumento no conteúdo proteico do precursor de CLU, bem como uma tendência de aumento dos níveis de CLU e LRP2. Portanto, esses resultados mostram que um curto período de exercício físico, mesmo sem interferência do peso corporal, é capaz de iniciar uma redução na inflamação da retina de animais obesos e, assim, promover a proteção contra doenças oculares. (AU)

Processo FAPESP: 18/06833-8 - Poderia o exercício físico melhorar a acuidade visual? efeitos de diferentes protocolos de treinamento físico na composição da lágrima e no metabolismo da clusterina / ApoJ na retina de roedores obesos
Beneficiário:Thaís Dantis Pereira de Campos
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado