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Efeito da fumaça do cigarro no sistema nervoso central em um modelo de inflamação sistêmica

Texto completo
Autor(es):
Ana Carolina Cardoso dos Santos Durão
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Conjunto das Químicas (IQ e FCF) (CQ/DBDCQ)
Data de defesa:
Membros da banca:
Tania Marcourakis; Carolina Demarchi Munhoz; Ana Paula Ligeiro de Oliveira
Orientador: Tania Marcourakis
Resumo

O Tabagismo é uma das principais causas de doenças crônicas não transmissíveis, afetando cerca de 1,6 bilhões de pessoas até 2030. Políticas de controle do tabagismo foram criadas para evitar a contaminação de indivíduos não fumantes pela poluição tabagística ambiental. Descritas principalmente no pulmão, pouco se sabe sobre a ação da fumaça do cigarro no sistema nervoso central (SNC). O presente estudo tem como objetivo avaliar os efeitos da exposição à fumaça do cigarro, por 15 dias consecutivos, em um processo de inflamação sistêmica induzida por LPS. Para tanto, camundongos C57BL/6 foram expostos a uma mistura de fumaça central e lateral do cigarro referência 3R4F (Universidade de Kentucky, EUA). No último dia, os animais foram desafiados com LPS iv. (0,1 µg/animal) ou salina, formando os grupos CO – controle, FU – fumaça do cigarro, LPS – desafio com LPS e FPS – fumaça do cigarro e desafio com LPS. As amostras foram processadas de maneira a realizar as análises de RT-PCR para os primers IL-6, IL-1β, TNF-α, TLR2, TLR4 e iNOS, além da dosagem por ELISA das citocinas IL-6, IL-10, IL-1β e TNF-α e western blot para a proteína P65. Nossos resultados demonstraram um aumento da transcrição dos genes TLR2, TLR4 e iNOS, em todas as estruturas analisadas no período de 2 horas de eutanásia após o desafio com LPS no grupo FPS em relação a todos os outros grupos estudados. Já no período de 4 horas após o desafio foi possível observar um aumento dos genes IL-1β e TNFα em ambos grupos que receberam o desafio com o LPS no hipocampo, estriado, córtex e cerebelo, sugerindo que a influência da fumaça do cigarro se de apenas 2 horas após o desafio, uma vez que no período de 4 horas observamos apenas o efeito do LPS. Os resultados da dosagem de citocinas sugerem que, no período de 4 e 6 horas após o desafio, a citocina anti-inflamatória IL-10 está diminuída no hipocampo e no córtex pré-frontal no grupo FPS em relação a todos os outros grupos estudados. Porém é possível observar um aumento estatisticamente significativo da mesma citocina no cerebelo para o grupo exposto apenas à fumaça do cigarro. Nossos dados sugerem que o processo inflamatório no SNC ocorra de maneira diferenciada dependendo da região estudada, e do período analisado. (AU)

Processo FAPESP: 11/15435-7 - Efeito da fumaça do cigarro na resposta inflamatória do sistema nervoso central
Beneficiário:Ana Carolina Cardoso dos Santos Durão
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado