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Interações Sargassum-epifitas-anfipodes herbivoros na região de Ubatuba, litoral norte do estado de São Paulo

Texto completo
Autor(es):
Giuliano Buzá Jacobucci
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Fosca Pedini Pereira Leite; Alexander Turra; José Roberto Trigo; Luiz Francisco Lembo Duarte; Marcel Okamoto Tanaka; André Victor Lucci Freitas; Márcia Regina Denadai
Orientador: Fosca Pedini Pereira Leite
Resumo

Investigou-se neste estudo aspectos da interação macrófita-epífitas-anfípodes herbívoros em bancos de Sargassum spp. do litoral norte do Estado de São Paulo. Foi avaliada a relação da variação temporal de Sargassum filipendula e das algas epífitas com parâmetros ambientais locais como temperatura, sedimento, hidrodinamismo e nutrientes. A densidade dos anfípodes associados a S. filipendula foi registrada ao longo de doze meses visando-se relacioná-la às variações das algas. Um experimento com câmaras de exclusão foi utilizado para avaliar a influência de anfípodes ampitoídeos e hialídeos sobre S. filipendula e a epífita Hypnea musciformis. Os dados obtidos sugerem que a temperatura possa ser um fator restritivo ao crescimento de S. filipendula e que a variação da concentração de nitrito afetaria o desenvolvimento das epífitas. A correlação negativa entre as biomassas de S. filipendula e das epífitas indica que estas possam ter um efeito deletério sobre a alga que lhes serve de substrato. A densidade dos anfípodes é bastante variável ao longo do ano e deve estar relacionada às características particulares de história de vida de cada espécie. Os experimentos indicaram remoção significativa de H. musciformis pelos ampitoídeos. A influência do epifitismo na ocorrência das quatros espécies herbívoras Hyale nigra, Ampithoe ramondi, Cymadusa filosa e Sunampithoe pelagica foi avaliada comparando-se três praias e frondes distintas em cada uma das praias. Quantificou-se o consumo de Sargassum spp., H. musciformis, Dictyopteris delicatula e Dictyota cervicornis pelos anfípodes através de experimentos em laboratório. Notou-se uma relação direta entre a densidade dos anfípodes e a carga de epífitas das frondes de Sargassum spp. resultante, ao menos parcialmente, da utilização dessas algas como recurso alimentar. Diferenças de representatividade dos anfípodes entre praias não são devidas exclusivamente ao epifitismo e devem estar relacionadas a outros fatores como hidrodinamismo e poluição. Para se estimar o impacto em campo dos anfípodes sobre o desenvolvimento de Sargassum e suas epífitas caracterizou-se a estrutura populacional das espécies e quantificou-se o consumo de indivíduos de diferentes tamanhos. Os resultados obtidos indicam que os impactos de herbivoria causados por esses anfípodes ao longo do ano variam em função da espécie e do tamanho dos organismos (AU)

Processo FAPESP: 99/11325-9 - Interações macrófita-epífitas-anfípodes herbívoros em um banco de Sargassum, do litoral Norte do estado de São Paulo
Beneficiário:Giuliano Buzá Jacobucci
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado