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Estudo da encapsulação e das propriedades anticâncer de extratos vegetais com probióticos

Texto completo
Autor(es):
Augusto Tasch Holkem
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Pirassununga.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Zootecnica e Engenharia de Alimentos (FZE/BT)
Data de defesa:
Membros da banca:
Carmen Silvia Fávaro Trindade; Izabela Dutra Alvim; Adriane Elisabete Antunes de Moraes; Rodrigo Rodrigues Petrus; Katia Sivieri; Ana Silvia Prata Soares
Orientador: Carmen Silvia Fávaro Trindade
Resumo

Os probióticos e o extrato de canela rico em proantocianidinas (ECRP) são sensíveis as condições de processamento e armazenamento nos alimentos em que são adicionados e para promoverem efeitos benéficos nos indivíduos, principalmente na prevenção do câncer colorretal (CCR), devem resistir à passagem pelo trato gastrointestinal. As tecnologias de microencapsulação têm sido utilizadas há décadas para proteger materiais bioativos. Primeiramente, o objetivo deste trabalho foi produzir e avaliar as micropartículas lipídicas sólidas recobertas por interações eletrostáticas de polímeros em que Lactobacillus paracasei (BGP1) (Lacticaseibacillus paracasei) e Bifidobacterium animalis subsp. lactis (BLC1) foram encapsulados sozinhos ou co-encapsulados com ECRP. Nesse caso, micropartículas com BLC1 e 5 g/100 g de ECRP apresentaram maior eficiência de encapsulação e maior retenção dos materiais bioativos armazenados a 7 °C por 120 dias. Em seguida, o segundo objetivo deste trabalho foi avaliar as propriedades anticâncer do ECRP livre e em combinação com BLC1 e sua resistência em condições gastrointestinais simuladas in vitro. A co-encapsulação foi vantajosa, pois protegeu esses materiais bioativos em condições gastrointestinais, permitindo a liberação deles no intestino, onde poderiam atuar nas fases iniciais do CCR. Assim, o terceiro objetivo deste trabalho foi produzir e avaliar um caldo de cana-de-açúcar funcional enriquecido com BLC1 e PRCE, na forma livre e encapsulada. Foi possível produzir o caldo com BLC1 não encapsulado, mas não com a adição de PRCE livre que reduziu a viabilidade desse microrganismo para <1 log UFC / mL após 7 dias. As micropartículas foram eficazes na proteção do BLC1 durante o armazenamento do caldo e na manutenção de altos teores de compostos fenólicos e de proantocianidinas, embora os produtos contendo micropartículas tiveram sua viscosidade alterada e foram menos aceitos sensorialmente do que os materiais bioativos livres. O último objetivo deste trabalho foi estudar a atividade antiproliferativa, antirradical e antioxidante, ensaio de quinona redutase e ensaio de apoptose dos extratos de mirtilo e jabuticaba (sozinhos ou em combinação com probióticos). O extrato que apresentou maior efeito quimiopreventivo em relação aos demais foi o extrato rico em compostos fenólicos solúveis em água da jabuticaba com BGP1 (JL), mas deve haver mais estudos para entender a interação entre eles. Conclui-se que a co-encapsulação de probióticos e PRCE foi bem-sucedida, proporcionando a esses materiais bioativos maior retenção durante o armazenamento, proteção em condições gastrointestinais simuladas e incorporação no caldo de cana-de-açúcar. A combinação de PRCE e BLC1 exibiu uma propriedade anticâncer nos estágios iniciais do CRC, enquanto JL demonstrou uma ação em diferentes estágios. (AU)

Processo FAPESP: 15/19375-0 - Coencapsulação dos probióticos e extrato rico em proantocianidinas obtido da canela (Cinnamomum zeylanicum Blume)
Beneficiário:Augusto Tasch Holkem
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado